A Gazeta Região Metropolitana: O senhor gravou recentemente um vídeo declarando apoio à reeleição do presidente Bolsonaro. Quais os motivos que o levam a apoiá-lo?
Stephanes Jr.: Primeiramente, porque o presidente tem colocado o país no caminho certo. Fez reformas fundamentais, a exemplo da reforma da Previdência. Está fazendo as reformas administrativa e tributária, que estão no Congresso Nacional. Além de estar empreendendo obras de infraestrutura por todo o país. São muitas obras em rodovias, ferrovias, o licenciamento da Ferroeste para chegar ao Mato Grosso, hidrovias, aeroportos, portos, enfim, transformou o país num canteiro de obras. Toda essa infraestrutura logística vai colocar o país numa posição muito privilegiada na pauta das exportações, na atração de investimentos. Bem como o apoio pela honestidade e a questão ideológica, de defender valores que são pilares da nossa sociedade como a família, a liberdade religiosa e o combate à ideologia de gênero. E, ainda, porque ele defende as privatizações, algo importantíssimo para acabar com cabides de emprego, acabar com a roubalheira em fundos de previdência e empresas públicas. O Estado tem de, apenas, normatizar e fiscalizar o cumprimento das leis; não tem de ser dono de empresas públicas, que viram cabides de emprego e fontes de roubalheira.
A Gazeta: O senhor acredita que mais privatizações seriam bem-vindas, a exemplo da Petrobrás?
Stephanes Jr.: Defendo mais privatizações, sim, além do que já foi feito. Quanto à Petrobrás, não há justificativa para esse monopólio. No mínimo, poderiam abrir a concorrência para mais empresas atuando no mercado.
A Gazeta: Mas a classe média não é contemplada por programas sociais e tem sofrido muito com a inflação, principalmente, dos alimentos. Como o senhor avalia este quadro atual?
Stephanes Jr.: A pandemia fez com que os preços de matérias-primas e insumos encarecessem muito, a exemplo do aço, dos fertilizantes. A política do lockdown, defendida pela esquerda, prejudicou em muito a economia e não ajudou a combater a pandemia. O Bolsonaro, com razão, sempre foi contra o fechamento do comércio e serviços. Mas, felizmente, o país já voltou a crescer, a economia caminha para uma retomada, e a geração de emprego e renda já começa a voltar. O país está num bom caminho.
A Gazeta: O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, deixou o cargo recentemente, tendo encerrado seu mandato com discurso e entrevista coletiva. O que o senhor pensa da postura dele, de suas últimas declarações na presidência do TSE?
Stephanes Jr.: O Barroso foi muito infeliz em suas declarações. Os membros do STF são militantes políticos. Como ministro do STF e presidente do TSE, Barroso tinha de se ater apenas à Constituição Federal, sem fazer declarações políticas. Mas, o STF já julgou violando a Constituição Federal; cria leis substituindo a função do Congresso Nacional que é a de legislar e avança até às prerrogativas do Poder Executivo. O STF tem se comportado como órgão político, o que está completamente fora de suas prerrogativas que deveriam ser de se colocar como órgão neutro do Poder Judiciário. O Senado é muito fraco e conivente a esses abusos do STF porque há vários senadores com “rabo preso” na justiça. Uma troca de favores entre “comadres”.
A Gazeta: E as declarações do general que integra a Comissão da Transparência criada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em razão da polêmica em torno do nosso sistema eleitoral por urnas eletrônicas. Qual sua opinião?
Stephanes Jr.: É compreensível que ele tenha reagido com declarações diante do cenário atual, mas o ideal é que o general, que é oficial da ativa, não se manifeste, politicamente.
A Gazeta: Em entrevista, no ano passado a este jornal, o senhor disse que iria processar o senador Randolfe Rodrigues por tê-lo expulsado da sala onde acontecia a CPI da Covid-19. Como está o andamento do processo?
Stephanes Jr.: Realmente, estou processando o senador.Está tramitando na justiça. O Randolfe é um dos maiores mau caráter que já conheci na vida. Ajudou a fazer uma CPI que não passou de um circo cheio de acusações levianas contra o Bolsonaro. Tentou processar o presidente no Tribunal Internacional de Haia, a partir do relatório final da CPI, e não conseguiu. Já disseram que não cabe o caso. A Procuradoria Geral da República também já disse que não encontrou nenhuma prova das acusações da CPI. Usou a CPI para ganhar mídia, para fazer palanque político. Ficou pautando a imprensa durante a CPI com informações falsas, acusações sem provas. UOL, Band News, Rede Globo, CBN, esses veículos, todos, foram pautados pelo Randolfe com pautas vazias.
A Gazeta: Quanto ao governador Ratinho Júnior (PSD-PR), é garantido o apoio à reeleição do presidente Bolsonaro?
Stephanes Jr.: Sou muito próximo ao governador, estamos no mesmo partido, aliás. E posso garantir que Ratinho Júnior estará com Bolsonaro nesta campanha. Haverá uma coligação entre o PSD e o PL, partido do presidente.
A Gazeta: Houve boatos de que o governador poderia apoiar a candidatura de Sérgio Moro, isso procede?
Stephanes Jr.: Sem possibilidade alguma. O governo federal, inclusive, tem sido um grande parceiro do governo do Paraná, realizando muitas obras em infraestrutura, em rodovias; tem a obra da Estrada do Boiadeiro; tem a parceria com a Itaipu, a obra da ponte com o Paraguai, e outras.
A Gazeta: O senhor aposta numa tendência de queda no percentual favorável a Lula. Porquê?
Stephanes Jr.: Sim, os últimos levantamentos têm mostrado isso. Acredito que os números foram inflados favoravelmente a Lula e, agora, com a proximidade das eleições, começam a ser ajustados à realidade. Não existe toda essa vantagem dada a Lula. O Lula, se sair às ruas, é cercado por uns vinte militantes e o restante é o povo jogando ovos nele. Já o Bolsonaro é um fenômeno de popularidade em qualquer lugar que vá. O petista tem feito declarações infelizes que a grande imprensa esconde, a exemplo de querer revogar as importantes reformas já feitas, de acabar com o teto de gastos, e de censurar as redes sociais, o que ele chama de “regular”, mas, que, na verdade, é impor cerceamento à liberdade de expressão. Isso sem contar a corrupção.
A Gazeta: Com relação as próximas eleições, o “centrão” estaria realmente disposto a apoiar a reeleição de Bolsonaro?
Stephanes Jr.: O chamado “centrão” é composto por partidos como o meu, o PSD; o PP, o PL… 90% do “centrão” estará com Bolsonaro. No PSD, uma grande maioria vai apoiá-lo. Aliás, o vice do Bolsonaro, provavelmente, será do PP.