Secretário de Governo rebate críticas do vereador Joãozinho à UPA 24 horas e ao Hospital Municipal

Secretário de Governo rebate críticas do vereador Joãozinho à UPA 24 horas e ao Hospital Municipal

por Vanessa Martins de Souza

Secretario_de_Governo_-_Lukala_Nobrega[4557]

 

A reportagem do jornal A Gazeta Cidade de Pinhais fez uma breve entrevista com o Secretário Municipal de Governo, Lukala Nóbrega. O motivo foram as críticas do Vereador Joãozinho Ribeiro (PSB) ao atendimento da UPA 24 horas e à gestão do Hospital Municipal, durante a sessão em plenário da Câmara Municipal da terça-feira (04/05).

 

A Gazeta: O Vereador Joãozinho Ribeiro contou na tribuna o caso de uma senhora acompanhada por ele à UPA 24 horas. Segundo o vereador, a munícipe teria sofrido uma pequena colisão por uma moto. Joãozinho disse que ela foi muito mal atendida, não recebendo sequer um exame de radiografia a fim de verificar se havia alguma lesão decorrente do acidente. O atendimento médico teria se restringido a prescrição de um medicamento, tendo ela recebido a recomendação de marcação de consulta com Ortopedista em um posto de saúde. Porém, o Vereador alegou que a fila para marcação de consulta na Unidade de Saúde seria muito longa, sendo necessário chegar por volta das cinco da manhã no posto. O que a Prefeitura tem a dizer sobre esse caso?

Lukala: Na verdade, temos a informação de que esta usuária já se encontrava há mais de 15 dias com dores na coluna. Chegou ao hospital apresentando um problema crônico na coluna vertebral. Todos os vereadores do município sabem que a UPA 24 horas é destinada a apenas atendimentos emergenciais, de urgência. Não foi criada para atendimento de problemas de saúde crônicos, que demandam consulta com especialista. Também não faz procedimentos cirúrgicos. É uma unidade de pronto-atendimento. O procedimento da UPA foi correto. O médico a recomendou uma marcação de consulta com Ortopedista em uma unidade de saúde de referência, para buscar um encaminhamento para Ortopedista. Aliás, destaco que consulta de Ortopedia é de responsabilidade do Governo do Estado, sendo encaminhada essa demanda para um hospital de referência do estado.

 

A Gazeta: Alguns vereadores do município têm criticado diversas áreas da gestão municipal, na tribuna. Alguns fazem críticas gerais e, outros, contam situações pontuais. Algumas vezes, casos isolados são usados como gancho para fazer uma crítica generalizada. O senhor, aliás, acompanha pessoalmente as sessões em plenário. A Prefeitura avalia de que forma essas críticas?

Lukala: Nós temos vereadores da base aliada do Prefeito e da oposição. Há aqueles que enxergam tudo o que já foi feito pela Prefeitura e tudo que tem sido feito como um avanço e melhorias para a população. De modo geral, fazem uma avaliação positiva da gestão municipal e dos serviços oferecidos pela Prefeitura. Mas, ao mesmo tempo, temos vereadores da oposição que pretendem administrar a cidade da tribuna. Que apenas enxergam coisas ruins no município e pegam um caso isolado para tecer críticas generalizadas. Aproveitando toda e qualquer oportunidade para criticar negativamente o trabalho que está sendo realizado. Mas, esquecem os vereadores, que criticar o serviço público de modo generalizado é também criticar o trabalho do servidor público e, por fim, o próprio serviço público. Contudo, em ano de eleições, eles irão pedir o apoio e voto desses mesmos servidores criticados. Ou aproveitar inaugurações de obras para posarem em fotografias ao lado de servidores, a exemplo da ampliação em 300% da UPA 24 horas. Essa obra de ampliação possibilitou um aumento muito expressivo na capacidade de atendimento: saltou de 4 mil para 10 mil atendimentos ao mês. Ou em fotografias de inauguração de creches, para fazer campanha dizendo que participou desta conquista do município para a população. Enfim, deve haver coerência no vereador.

 

A Gazeta: Mas, a Prefeitura reconhece a pertinência de determinadas críticas?

Lukala: Sabemos que temos muito a melhorar e que há falhas e equívocos pontuais que devem ser corrigidos. Mas, generalizar, dizendo que quase tudo está errado, que nada funciona na gestão, nos serviços, como, às vezes, escutamos, demonstra um olhar totalmente parcial. Um olhar que não avalia a situação com isenção, muito provavelmente motivado por interesses não tão bem claros e assumidos por quem assim o faz.

 

A Gazeta: E quanto a afirmação de Joãozinho Ribeiro de que a gestão do Hospital Municipal poderia ser bem melhor com R$ 1 milhão e 500 mil repassados mensalmente ao convênio? Qual sua avaliação?

Lukala: Esse valor, que chega a R$ 1,5 milhão, repassado pela Prefeitura mensalmente ao Hospital e à UPA, é um valor bem razoável pela quantidade e qualidade dos serviços prestados. A área de saúde é muito dispendiosa. Porém, o Hospital e a Maternidade tem cumprido com sua função. Nascem cerca de 100 crianças ao mês na maternidade. As cirurgias que oferece são na área ginecológica. Já a UPA, após a ampliação, tem feito mais de 10 mil atendimentos por mês, sendo que 35% deles são de usuários de outros municípios, como Curitiba, Piraquara, São José dos Pinhais. São usuários que vêm buscar nossos serviços pela qualidade que oferecemos. Enfim, muita coisa já está sendo feita com esse repasse da Prefeitura.

publicidade

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress