Sem concorrência, novos pedágios têm velhas concessionárias, diz Romanelli

Sem concorrência, novos pedágios têm velhas concessionárias, diz Romanelli

As duas maiores disputas neste ano só tiveram a participação de dois grupos nacionais

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) afirmou, na quarta-feira, dia 03, que a falta de concorrência das novas concessões de rodovias no Brasil é muito preocupante e desmonta a tese do Governo Federal da participação de novos grupos e consórcios na licitação. As duas maiores disputas neste ano só tiveram a participação de dois grupos nacionais. “Sem concorrentes externos, novos pedágios têm velhas concessionárias”, pontuou.

As duas licitações a que se refere Romanelli foram realizadas pelo Governo Federal pelo chamado modelo híbrido e abrangem a BR-153, entre Goiás e Tocantins, e a BR-116, entre o Rio de Janeiro e São Paulo (Rodovia Presidente Dutra). A primeira será administrada por 35 anos pelo EcoRodovias e a segunda ficará 30 anos sob a responsabilidade do Grupo CCR.

“O Governo Federal vendeu a ideia de que haveria grande interesse internacional pelas rodovias brasileiras. O que estamos vendo é que duas concessionárias bastante conhecidas dos paranaenses dominaram as disputas. Esta falta de participação de outros grupos econômicos, nacionais e estrangeiros, é preocupante para a futura concessão das nossas estradas”, pondera Romanelli que integra a Frente Parlamentar sobre o Pedágio, da Assembleia Legislativa do Paraná.

Via Dutra

A CCR administrará a Dutra por 30 anos após ofertar um desconto máximo de tarifa (15,31%) e uma outorga de R$ 1,77 bilhão ao Governo Federal. A concessão abrange 625,8 quilômetros de extensão, com 10 praças de cobrança.
O valor mais alto de pedágio deve ficar na casa de R$ 12,00. O investimento previsto é de R$ 14,8 bilhões ao longo do tempo de contrato. A concessionária também será responsável por um trecho da BR-101 (Rio-Santos).

BR-153

O contrato de concessão da BR-153 foi assinado em outubro. O trecho concedido para a EcoRodovias tem aproximadamente 850 quilômetros. O consórcio ofereceu R$ 320 milhões em outorgas e prevê R$ 14 bilhões em investimentos, dos quais R$ 6,2 bilhões serão para custos operacionais.

Haverá a duplicação obrigatória de 623,3 quilômetros, sendo 349,2 quilômetros do terceiro ao décimo ano, e outros 274,1 quilômetros entre o 19º e o 25º ano. A concessão terá nove praças de cobrança de pedágio, com a maior tarifa na faixa de R$ 11,00.

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