No atual momento, o assunto que mais chama atenção da população é o número de casos registrados do novo coronavírus. No entanto, em paralelo a essa situação, outra questão da área da saúde que exige cuidado e colaboração de cada cidadão são as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, Zika vírus, febre de chikungunya e febre amarela urbana. Hoje, o Estado do Paraná vive situação de epidemia, e para evitarmos epidemias cruzadas, de arboviroses e coronavírus, todos os cuidados são necessários por parte da população.
A Gerência de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, realiza o trabalho de monitoramento e prevenção através de medidas educativas, orientativas e de monitoramento e controle de vetores de importância para saúde pública. Os agentes de combate a endemias vão diariamente às ruas para vistoriar casas, empresas, comércios, entre outros locais. Os profissionais verificam as condições sanitárias na parte externa dos imóveis, removem depósitos com água que podem servir de criadouros dos mosquitos. Também coletam ovos, larvas, pupas e mosquitos que são encaminhados ao laboratório de zoonoses para identificação. No entanto, quando a atividade do agente não é suficiente para a regularização da situação de risco, a fiscalização entra em cena.
Nesta etapa, um protocolo é aberto e as autoridades sanitárias vão até o local para verificar se existem depósitos que propiciem o aumento de vetores, e se for constatado algum problema, é entregue ao responsável um Termo de Intimação para adequação do local. Caso o Termo não seja atendido é lavrado um auto de infração com instauração de Processo Administrativo Sanitário que após julgamento dentro da esfera administrativa será aplicada uma penalidade, que vai desde uma advertência até multa, interdição.
Com essa situação, é fundamental que o cidadão tenha conhecimento que a Vigilância Ambiental agora possui um sistema de fiscalização, que age e pode aplicar penalizações, como advertência ou até mesmo uma multa para aquele que não cumpre as determinações. De acordo com Natacha Sohn Hausner, chefe da Seção de Saneamento Ambiental da Secretaria de Saúde, o trabalho da fiscalização tem como objetivo principal assegurar a saúde de toda a população, diminuindo a proliferação de mosquitos e das doenças por eles transmitidas. “A punição por multa é a última alternativa.
Orientamos a população para que ela entenda o risco para a saúde dela e de seus vizinhos e colabore cuidando da limpeza de sua casa e de seu quintal, não deixando água parada, limpando as calhas, mantendo as caixas d’água limpas e fechadas, a grama cortada, retirando lixos e pneus”. Ainda complementando o assunto, Michele Garcia Medeiros, chefe da Vigilância de Zoonoses da Secretaria de Saúde diz: “Essa é uma responsabilidade de todos. É preciso verificar e evitar objetos com água parada que são possíveis criadouros. As pessoas devem ter muita atenção com pneu que é um dos principais depósitos para a proliferação do mosquito, assim como, o pote de água do cachorro que deve ser limpo diariamente com esponja e detergente para que não fiquem ovos depositados”.
Como grande parte da população está em casa cumprindo o isolamento social, a recomendação é para cuidar da sua casa e de seu jardim. Independente do objeto ou recipiente que acumula água, os vetores podem se desenvolver e devem ser eliminados. Em Pinhais, duas leis municipais tratam do assunto. O munícipe pode ter conhecimento e se orientar por meio das leis nº 1.611/2014 (dispõe sobre a prevenção à proliferação do mosquito transmissor da dengue e outras doenças) e a nº 1.294/2012 (Código de Vigilância em Saúde de Pinhais) que podem ser acessadas pela internet.
Quem desejar mais informações ou quiser tirar dúvidas, pode entrar em contato pelo telefone da Gerência de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde de Pinhais, pelo número 3912-5396.