Fazenda Rio Grande disse “sim” ao modelo educacional cívico-militar nos colégios estaduais Anderson Rangel e João Hoinatz. A expectativa é que, iniciadas as aulas em 2021, esses dois colégios assim como outros 161 em todo o estado, já funcionem no novo formato, que deve incluir uma aula a mais por dia, sendo reforços de Português e Matemática, aulas de civismo, política e finanças.
Após anúncio do Governo do Estado sobre a pretensão de transformar a educação em todo o Paraná, foram realizadas consultas públicas em 217 instituições de ensino. Dessas, até o momento, 163 aderiram ao modelo com voto favorável de pais, professores e funcionários. Em Fazenda Rio Grande, os dois colégios indicados deram positivo ao modelo.
De acordo com a diretora de Planejamento e Gestão Escolar da Secretaria de Estado de Educação (Seed), Adriana Kampa, todos os alunos já matriculados nesses dois colégios continuarão estudando e a estrutura física da escola será aproveitada, possibilitando o início imediato do novo formato de ensino. “A nossa expectativa é manter como as escolas demais cívico-militares que têm seis aulas diárias. Então só aumentaria a carga horária das disciplinas que já existem”, explica.
Muitas questões foram levantadas por pais e servidores do estado, quanto a possíveis mudanças que poderiam interferir negativamente com a vinda do modelo cívico-militar. Segundo a diretora da Seed, porém, essas questões não são reais e pouca coisa muda efetivamente na rotina escolar.
“A maior alteração vai acontecer na gestão. Serão, no máximo, cinco pessoas a mais, sendo um diretor militar e até quatro monitores (dependendo do tamanho do colégio). Esses monitores auxiliam no pátio, na questão de segurança, e também quanto à execução do Hino Nacional e junto à equipe pedagógica, nas situações de intermediação e conciliação. Como são policias que já trabalharam no batalhão de patrulha escolar comunitária, eles já conhecem um pouco das escolas. E é justamente pra fazer essa trativa, pra fazer mediação de conflito, para ajudar na busca ativa das famílias, acompanhar no pátio, entrada e saída dos alunos etc.”, ressalta.
Ela ainda destaca que o formato para cadastro de vagas nesses dois colégios seguirá como já é praticado. “Todos os alunos têm total direito de ficar e, se não concordarem com o modelo, podem pedir transferência, que será realizada para o colégio mais próximo, se tiver vaga. Os novos alunos admitidos pelos colégios cívico-militares serão admitidos pelo cadastro de espera de vagas, no mesmo formato dos demais colégios estaduais”, diz.
As aulas continuarão sendo ministradas pelos professores do estado, inclusive as novas disciplinas incluídas na grade curricular. O administrativo das escolas também funcionará normalmente com seu quadro de funcionários.