PSOL quer impor “ideologia de gênero” nas escolas, contrariando escolha da maioria da sociedade
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PSOL quer impor “ideologia de gênero” nas escolas, contrariando escolha da maioria da sociedade

por João Aloysio C. Ramos e Vanessa M. de Souza

Na segunda- feira (26), o apresentador Sikêra Júnior, em seu programa ‘Alerta Nacional’, na Rede TV, fez um alerta que, apesar do sensacionalismo costumeiro, tratou de algo sério contra o qual a sociedade precisa se mobilizar. Ele lembrou que o PSOL acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para liberar a “ideologia de gênero” em todo o país. Trata-se de julgamento de recursos do partido de extrema –esquerda para obrigar todas as escolas em território nacional, públicas e privadas, a ensinar a “ideologia de gênero” aos alunos. De acordo com Sikêra Júnior, o PSOL, mais uma vez, estaria atuando contra as famílias e as crianças do país ao propor que as escolas adotem a “ideologia de gênero” no ensino, inclusive, instalando banheiros “mistos” ou “neutros”, sem distinção de “masculino” e “feminino”.

Realmente, está marcada essa votação para o próximo dia 11, no STF. Trata-se do julgamento de ações que discutem a constitucionalidade de leis municipais e estaduais que proíbem a inclusão de expressões relacionadas à “ideologia de gênero” nas escolas públicas. O tema é referente às ações ADPF 462, 466 e 578, bem como da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) 5668.

Bullying homofóbico

De acordo com o PSOL, o objetivo seria combater o bullying homofóbico nas escolas, mas, não se trata somente de ensinar as crianças que não se deve desrespeitar e discriminar as pessoas por orientação sexual e de gênero, mas, sim, a intenção camuflada é ideologizar as crianças, longe do conhecimento dos pais e responsáveis, a respeito da perigosa “ideologia de gênero”. A “ideologia de gênero” é um grande embuste disfarçado de teoria científica que afirma que a natureza sexual humana é biologicamente insignificante. Em outras palavras, ninguém nasce ‘menino’ ou menina’, cabendo à própria pessoa decidir a qual gênero pertence. É o mesmo que dizer a um menino: “o fato de você ter nascido biologicamente menino não o faz um menino. O que importa é se você se sente um menino ou não, cabendo a você escolher a qual gênero pertence conforme você se sinta”. Um absurdo, caros leitores. A “ideologia de gênero” visa descontruir as noções de gênero naturalmente presentes na mente da criança assim que ela percebe a qual sexo pertence pelas características físicas, incluindo genitália e hormônios. Isso ocorre naturalmente por volta dos quatro ou cinco anos, ou um pouco antes, conforme a teoria psicanalítica. O objetivo da ideologia que o PSOL quer impor é causar confusão na mente das crianças, deixando-as em dúvida sobre se são um menino ou uma menina, induzindo-as a trocar de gênero caso sintam vontade.

Roupas e brincadeiras “neutras”

O cerne dessa ideologia está na ideia de que o gênero, o sexo, ao qual cada um pertence, não é inato, de origem biológica, mas, sim, fruto de uma construção social. Em suma, seria a sociedade e a cultura, o modo como cada um é educado na infância, que fazem com que uma pessoa venha a se sentir homem ou mulher, conforme os papéis sociais desempenhados. Um dos pilares dessa ideologia é ensinar a meninos e meninas que não existem brinquedos e brincadeiras específicas de cada gênero. Estimula-se, assim, a brincadeiras e brinquedos neutros, ou do sexo oposto. Também, ensina-se que não deve existir roupa de menino ou de menina. Inclusive, há escolas na Europa, em países como Suécia e Noruega, que estimulam seus alunos a irem para a aula com roupas do sexo oposto. O número de crianças confusas sexualmente tem crescido nesses países.

Documentário norueguês

Em 2011, um documentário transmitido em rede nacional na Noruega derrubou o mito de que a “ideologia de gênero” possui algum fundamento científico. O Conselho Nórdico de Ministros, que inclui autoridades da Noruega, da Suécia, da Dinamarca, da Finlândia e da Islândia, determinou a suspensão dos financiamentos até então concedidos ao Instituto Nórdico de Gênero, entidade promotora de ideias ligadas às chamadas “teorias de gênero“. A medida veio após a exibição, em 2010, do filme “Hjernevask” (“Lavagem Cerebral”), que questionava os fundamentos científicos dessas teorias – que, de fato, não passam de teorias sem comprovação empírica. A produção, disponível no Youtube, é do sociólogo e ator Harald Eia, e contrapõe as afirmações dos defensores da teoria de gênero com outras de estudiosos das neurociências e da psicologia evolutiva. Os cientistas do documentário mostraram resultados de testes empíricos que constatam diferenças inatas nas preferências e comportamentos de homens e mulheres. Os estudiosos das neurociências admitem que a cultura exerce influência nos comportamentos, mas demonstram que os genes são determinantes para algumas condutas.

Crianças feitas de cobaias

Em resumo, a teoria de gênero quer fazer de cobaias nossas crianças, impondo uma ideologia a partir de lavagem cerebral, sem base científica alguma. E pior, pondo em risco a sanidade mental das crianças com o objetivo de destruir as famílias. Pois, toda a família é afetada quando conta com uma criança, um adolescente confuso em relação ao gênero ao qual pertence.

“Normalização da pedofilia”

Qual seria o objetivo final de tal imposição? Sikêra Junior foi além e mencionou, até, a normalização da pedofilia, chamando os psolistas de “bando de pedófilos”. Não duvidamos de que haja ainda coisas piores por detrás dessa ideologia. A sociedade brasileira já disse ‘não’ à “ideologia de gênero” nas escolas, em 2014, quando votou-se o Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2011/2020. Agora, a esquerda quer dar um jeitinho de empurrar goela abaixo, de novo, essa verdadeira lavagem cerebral. Uma coisa é um adulto decidir se quer trocar de gênero, promovendo a mudança a partir de tratamento hormonal, de cirurgias, enfim, o que quiser. Mas, envolver crianças em uma escolha que depende de maturidade e autoconhecimento, é um crime. Crianças ainda estão com a personalidade e caráter em formação, sendo muito suscetíveis a confusões e perturbações psicológicas. Há diversos casos em que crianças foram estimuladas a trocarem de gênero e, mais tarde, arrependeram-se, posteriormente, buscando fazer a reversão para o gênero de nascimento.

Papel das famílias, e não do Estado

Também, defendemos que a educação sexual e de gênero deva ficar restrita à família, sem envolvimento das escolas. Pois, cada família tem seus princípios, valores e moralidade, não sendo papel da escola interferir nesse processo. Há uma diversidade muito grande de famílias, inclusive, a partir de escolhas religiosas muito distintas em nosso país. Não é papel do Estado definir que tipo de orientação terão as crianças nesse sentido. Assim, engrossamos os protestos do Sikêra Júnior e pedimos à sociedade, a cada cidadão, que se manifeste a partir de alguma forma de protesto para que o STF vote contra esses recursos impetrados pelo PSOL. Não podemos admitir esse desrespeito, essa afronta, à manifestação da vontade da maioria dos brasileiros já expressa em 2014.

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