O prefeito Marcio Wozniack reuniu, na sexta-feira (23), representantes de diversos setores da educação municipal e estadual e ainda da Secretaria de Saúde do município, para discutir protocolos e ações que deverão ser tomadas para o retorno às aulas em razão da pandemia. Ainda não há uma previsão, mas a ideia é planejar como isso funcionará caso a pandemia demore para ser solucionada e a Justiça oriente quanto à volta.
A ideia da reunião foi a criação do Comitê de Volta às Aulas para a discussão de protocolos que devem ser adotados neste possível retorno em 2021. O calendário escolar havia definido a data de 18 de fevereiro. Por isso, de acordo com o prefeito, é necessária a criação desse comitê, para analisar e discutir sobre esse retorno, se é possível ou não, e de que forma.
“É um tema polêmico que já começa a ser discutido entre todos os gestores públicos, independente se são prefeitos que estão terminando o mandato ou não. Deixar o protocolo a ser instaurado, planejado, pensado ou já reprogramado, é fundamental. Estamos falando aqui de crianças, da saúde delas e de seus familiares”, ressalta o prefeito. Como presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), ele convida ainda os demais secretários municipais de Educação a criar um comitê em seus municípios e acompanhar os prefeitos na próxima reunião do Fórum da Assomec, onde o tema será discutido.
Participaram da reunião o secretário municipal de Educação, Prof. Ednelson Sobral, a secretária municipal de Saúde, Irani Santos, e representantes de órgãos ligados à educação, como o Conselho Municipal de Educação, o Conselho de Orientação Escolar, o Conselho do Fundeb, Conselho da Alimentação Escolar, o Conselho dos Transportes Escolares e do Transporte Público, do Sindicato dos Servidores Municipais, entre outros.
Durante a conversa, o secretário de Educação mencionou que, segundo pesquisa realizada com os pais de alunos, 81,3% deles disseram que não enviariam seus filhos à escola. 94,8% dos professores também consideraram imprudente esse retorno durante a pandemia. Para garantir um retorno seguro aos alunos, muitas questões precisariam ser pensadas e planejadas financeiramente. Entre elas, a compra de insumos (produtos de limpeza, álcool em gel, máscaras etc.), a logística do transporte escolar, a alimentação dos alunos na escola, a limpeza frequente das salas de aula, a possível necessidade de contratação de servidores para substituir aqueles que fazem parte dos grupos de risco, entre outras questões.
Para pensar em tudo isso, é que foi necessária a criação do comitê. “Hoje criamos um comitê bastante diversificado, pessoas que realmente conhecem desse procedimento de volta às aulas e que deram alguns apontamentos que são importantes de serem levados à Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, para que sejam buscadas orientações de como será essa volta às aulas”, reitera o prefeito. Segundo ele, o objetivo é deixar tudo organizado para a próxima gestão, que terá esse retorno às aulas como um dos principais focos do início de mandato.
Aulas durante a pandemia
Como muitas cidades, Fazenda Rio Grande teve que se adaptar durante a pandemia, trazendo novas ferramentas para garantir as aulas a todos os alunos. “Nós não estamos tendo aula presencial, mas estamos a todo vapor com as aulas remotas. Usamos a ferramenta Google Sala de Aula, onde aquelas famílias que têm condições utilizam. Para aquelas famílias que não têm acesso, nós fornecemos o material pedagógico impresso quinzenalmente, além do kit alimentação escolar para as crianças”, afirma o secretário Ednelson, complementando: “Tenho certeza que logo, logo, nós teremos superado isso e estaremos com as nossas salas de aula repletas de alunos, onde de fato a aprendizagem acontece”.
