Pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social em Curitiba podem contar, a partir de agora, com dois novos serviços que têm como objetivo promover o resgate da cidadania e a inserção dessa população nos serviços públicos municipais. O ônibus Intervidas, que conta com equipes multidisciplinares para realizar abordagens a dependentes químicos em locais públicos, e o trailer do Consultório na Rua, unidade móvel que dará suporte às equipes de saúde para fazer o atendimento à população em situação de rua e prestar atendimento médico e odontológico, além da realização de testes rápidos de HIV/Aids.
O início da operação dos novos equipamentos foi anunciado na quarta-feira (25) pelo prefeito Gustavo Fruet, em evento na sede da Prefeitura que contou com a presença dos secretários nacionais de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Maldos, e de Política sobre Drogas do Ministério da Justiça, Vitore André Zílio Maximiliano.
“Essa política sobre drogas que une saúde e assistência social é o modelo considerado mais eficaz pelo governo federal. Precisamos tirar o foco de se aplicar medidas de internamento para atender com mais humanidade”, disse Maximiliano.
“É muito importante fortalecer as medidas de prevenção e tratamento e reforçar os programas da Saúde e Ação Social para reconquistar a confiança da população em situação de rua”, disse Fruet.
As iniciativas fazem parte do programa Curitiba Mais Humana e são resultado de um trabalho intersetorial realizado por diversos órgãos da Prefeitura de Curitiba – como a Fundação de Ação Social (FAS), Fundação Cultural de Curitiba, secretarias de Governo, Saúde, Educação, Esporte e Lazer e a Assessoria de Direitos Humanos, além de movimentos sociais e ONGs.
A presidente da FAS, Marcia Oleskovicz Fruet, diz ser fundamental fortalecer a rede de atendimento à população de rua. “Nunca se abriu tanto serviço à população de rua quanto nestes 14 meses de gestão”, disse.
O secretário municipal da Saúde, Adriano Massuda, conta que o Consultório na Rua atendeu 2,7 mil pessoas no ano passado. “Essas pessoas têm direito ao atendimento de saúde como direito à cidadania. Nesses programas, a saúde ajuda a resgatar as pessoas que estavam nas ruas e a reconquistar direitos simples, como o de voltar a ter planos”, disse Massuda.
Presente no evento, o Procurador de Justiça Olympio de Sá Sotto Maior Neto, do Ministério Público do Estado do Paraná, elogiou as políticas implantadas em Curitiba no atendimento à população de rua. “O papel do Estado é fazer chegar esse serviço a pessoas que vivem a margem da sociedade. O Ministério Público do Paraná reconhece tudo que a Prefeitura de Curitiba tem feito, uma política concreta em favor da população de rua”, disse.