A Prefeitura de Curitiba divulgou, na terça-feira (24), o resultado da fiscalização conjunta realizada na semana passada para combater a dengue na capital.
Após visitar pontos comerciais considerados de risco para a proliferação do mosquito nos bairros Boqueirão, Boa Vista e Portão, a Secretaria Municipal da Saúde autuou nove estabelecimentos por encontrar locais com água parada e intimou 12 pontos comerciais a apresentar plano de gerenciamento da dengue.
A Secretaria do Urbanismo, por sua vez, notificou 16 estabelecimentos por falta de alvará para funcionamento. Já o Meio Ambiente fez sete notificações por ausência de licença ambiental, e a Setran realizou 25 orientações e emitiu 10 autos de infração para casos de veículos abandonados ou em situação irregular.
“Visitamos locais como ferro-velho, oficinas mecânicas, borracharias e depósitos de materiais recicláveis. Qualquer descuido da população é um risco para toda a cidade e essa ação conjunta tem o objetivo de evitar epidemias de dengue como as que já ocorreram em outros municípios do estado”, ressalta Luiz Armando Erthal, diretor do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde.
Desde o início do ano, foram registrados em Curitiba 135 focos do Aedes Aegypti, além de 15 casos da doença – em todos, porém, a transmissão ocorreu em outras cidades. Além do Aedes aegypti, a ação também visou à redução dos focos do mosquito Aedes albopictus, responsável pela transmissão da febre chikungunya e que se prolifera da mesma forma, com a deposição dos ovos em locais ou recipientes com água parada.
A Secretaria Municipal da Saúde realiza um trabalho contínuo de combate aos focos dos dois mosquitos, que inclui visitas domiciliares, monitoramento quinzenal de pontos considerados estratégicos – como empresas de materiais recicláveis, ferros velhos, depósitos e borracharias –, atividades educativas e registro de infração em estabelecimentos comerciais que descumprem as adequações exigidas para combater os mosquitos.
Segundo o diretor, Curitiba tem 890 pontos estratégicos de fiscalização. “Se conseguirmos diminuir esses pontos, ganhamos agilidade, porque os agentes conseguem fiscalizar um maior número de imóveis”, ressaltou.