O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, elogiou na quinta-feira (23/7) a estratégia adotada por Curitiba de abertura de novos leitos de tratamento da Covid-19 em estruturas já existentes, como os dois hospitais exclusivos do município. “É uma estratégia espetacular. A melhor solução se comparada com os hospitais de campanha”, justificou ele.
Pazuello esteve reunido, em Curitiba, com o prefeito Rafael Greca e o governador Carlos Massa Ratinho Junior. Ele veio à capital para alinhar ações de combate ao coronavírus. A visita fez parte de um roteiro do ministro interino pela região Sul do Brasil.
“Nossa sólida rede hospitalar está preparada para atender com uma medicina de qualidade os pacientes que precisarem. Mas volto a repetir, nada disso vai dar conta da pandemia se a população não colaborar ficando em casa”, salientou Greca.
Para o prefeito, o reconhecimento do ministro interino mostra que a capital adotou a estratégia certa de gestão pública para o enfrentamento da Covid-19. “Juntos, vamos vencer as dificuldades causadas pelo novo coronavírus”, reiterou ele.
Curitiba tem hoje dois hospitais para atendimento exclusivo de pacientes de Covid-19. O Instituto de Medicina, no Alto da XV, foi aberto em julho pela prefeitura, com 110 leitos, sendo 50 de UTI e 60 clínicos (para casos menos graves). Já o Hospital Vitória funciona desde junho na CIC, com 140 leitos – 120 de enfermaria e 20 de UTI.
No total, a capital conta hoje com 335 UTIs do Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivas para Covid-19.
Diálogo institucional
O ministro interino da Saúde também parabenizou a prefeitura e Governo do Estado pelo nível de diálogo institucional com o Governo Federal em prol do combate à pandemia.
“Nos deixa reconfortados saber que todos estamos unidos por um bem maior, que é o enfrentamento desta pandemia”, justificou ele.
Pazuello afirmou que o Ministério da Saúde está recebendo as demandas de Curitiba e do estado com muita atenção, e que está trabalhando desde já para poder entregar equipamentos e insumos. Ele citou a necessidade de envio de remédios e de habilitação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
A respeito de medicamentos utilizados para a entubação de pacientes em UTI, o ministro interino contou que a pasta negocia preços desses itens com o mercado de fora do país, e citou o Uruguai como uma das opções.
“O Paraná tem uma estrutura estabilizada. Temos, sim, condição de dar uma resposta mais efetiva. Em poucas horas ou em um dia vamos pegar um estoque de emergência para não deixar faltar”, disse ele, que não descartou a possibilidade de fazer a entrega com a ajuda do Exército.
Pazuello também falou sobre a intenção de aumentar a estratégia de testagem da população para Covid-19. Ele mencionou o fortalecimento dos Laboratórios Centrais (Lacens) e a compra de equipamentos para extrair mais amostras, mas não citou prazos para a ampliação da testagem.
“A testagem deve ser feita quando ela integra uma estratégia de combate à doença”, argumentou.
Também participaram da reunião com o ministro interino a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak; o secretário estadual da Saúde, Beto Preto; e os deputados federais Ricardo Barros e Leandre Dal Ponte.