Há pouco mais de dois meses do primeiro caso de Covid-19 registrado na cidade, a taxa de incidência da infecção em moradores de Curitiba é a menor entre as dez capitais mais populosas do Brasil.
A capital paranaense tem 454,7 casos confirmados da infecção pelo novo coronavírus a cada um milhão de habitantes. A taxa nacional é de 1.292 casos. Em algumas capitais esse índice passa dos 6.000.
A comparação foi feita pelo Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba com dados do Ministério da Saúde de quarta-feira (20/5).
No painel constam Fortaleza, Manaus, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Florianópolis, Goiânia, Porto Alegre, Belo Horizonte e Curitiba.
“É um recorte do momento atual, e ainda não estamos numa condição tão grave da pandemia, mas também é um cenário variável que pode mudar a qualquer momento, lembrando do inverno que virá pela frente”, disse Alcides Oliveira, diretor do Centro de Epidemiologia.
Na outra ponta, Fortaleza é a capital onde o vírus atinge proporcionalmente o maior número de moradores, com 6.287 casos a cada milhão de habitantes da cidade.
O número de casos confirmados de Covid em Curitiba sobe, em média, 4% ao dia, metade da média de crescimento nacional. “É exatamente isso que precisamos manter, esse crescimento lento”.
Letalidade
Com uma morte registrada a cada dois dias, a taxa de letalidade em função da Covid-19 em Curitiba está em 3,9%. No Brasil esse índice é de 6,6% e no Paraná, 5,2%. Essa incidência se baseia nos dados até quinta-feira (21/5).
Desde o início da pandemia, foram 36 óbitos de moradores de Curitiba que contraíram o novo coronavírus, até quinta. A maior deles formada por idosos com histórico de alguma doença crônica associada à Covid-19. “De qualquer forma, lamentamos cada perda”, disse Oliveira.
UTI’s
Com a curva de crescimento em ritmo controlado, as vagas por UTIs ainda não estão pressionadas. Dos 227 leitos SUS exclusivos para Covid-19 na capital, 44% estão ocupados, média que vem se mantendo nesse percentual.
Medidas
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, a situação epidemiológica da doença em Curitiba é reflexo das medidas adotadas e também da colaboração da população.
Ações no combate ao coronavírus
Ainda em janeiro, quando a pandemia chegava à Europa depois de ter surgido na China, Curitiba começou a se preparar para enfrentar a situação, reforçando os estoques de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), elaborando plano de contingência e outras medidas como mudanças no fluxo de atendimento dos serviços de saúde entre outros esforços.