Paraná quer ampliar incentivo à pesquisa aplicada e à inovação

Paraná quer ampliar incentivo à pesquisa aplicada e à inovação

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Orientação do governador Ratinho Junior foi dada durante reunião do Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia. Ele também ressaltou o objetivo de fazer do Paraná o Estado mais inovador do País.

O Governo do Estado tem como meta incentivar ainda mais a pesquisa aplicada nas universidades estaduais e no ecossistema de inovação em 2020. A afirmação foi feita pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior na abertura da reunião do Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia (CCT-PR), na terça-feira (17), no Palácio Iguaçu. O Conselho delibera sobre o uso dos recursos do Fundo Paraná.

O governador destacou que quer deixar como legado a aproximação do setor produtivo com as universidades e a administração pública, por meio de investimentos diretos e cooperação. Ele também ressaltou o objetivo de fazer do Paraná o Estado mais inovador do País. “Temos vocação, ambientes acadêmicos nas universidades estaduais, federais e privadas, um setor produtivo forte com investimentos em ciência e tecnologia, um cooperativismo que está na vanguarda da biomedicina animal, e aproximamos a tecnologia do poder público com o Governo 5.0”, afirmou Ratinho Junior.

“O grande norte é fazer com que entidades ligadas à ciência e tecnologia incentivem a pesquisa aplicada, aquela que pode ajudar as empresas a inovar, empreender, achar soluções para o mercado”, complementou o governador, que também é o presidente do CCT-PR.

Ele ponderou, ainda, que os setores ligados à área devem ajudar a impulsionar o desenvolvimento do Estado e que as universidades devem pensar nas profissões do futuro e na nova cadeia tecnológica, com 5G, internet das coisas e inteligência artificial. “Estamos abertos a projetos inovadores e podemos ser indutores para que isso aconteça. Conseguimos pegar esse conceito de governo inovador e queremos consolidar o Paraná como polo tecnológico, logístico e como um grande produtor de alimentos para o mundo”, disse Ratinho Junior.

QUESTÕES ESSENCIAIS 

Aldo Bona, superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, ressaltou que passam pelo setor questões essenciais do desenvolvimento do Estado. “Com o Conselho temos expectativa de avançar para melhorar a gestão e o foco do financiamento da política de Ciência e Tecnologia”, disse. “O desafio é trabalhar por um pensar diferente e um fazer diferente, unindo todas as áreas”.

INVESTIMENTOS

Durante a reunião, a Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGF) apresentou o Relatório Operacional Parcial relativo ao exercício de 2019, e a previsão orçamentária para o próximo ano. Também foi anunciada a nova composição do Conselho e foram discutidas as áreas prioritárias de investimento.

Em 2019 a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, por meio da UGF, administrou um orçamento de R$ 88 milhões até o início de dezembro. O valor foi investido em ciência, tecnologia, ensino superior, Fundação Araucária e Tecpar. A previsão orçamentária do Fundo Paraná para 2020 é de R$ 87,6 milhões seguindo a divisão de 40% para UFG, 40% para Fundação Araucária e 20% para o Tecpar.

O coordenador da UFG, Luiz Cesar Kawano, destacou diversos projetos que receberam investimentos nas áreas prioritárias neste ano e disse que eles já atenderam a determinação de aproximação entre o setor produtivo e a pesquisa.

“Temos 15 áreas prioritárias e enquadramos os projetos a partir de deliberações do Conselho e da extensão universitária. Muitos são oriundos das universidades, como reformas de laboratórios, compra de equipamentos e recursos para pesquisa e extensão para levar o conhecimento para a sociedade”, afirmou.

“Temos em paralelo a Lei de Inovação, que auxiliará a nortear as políticas públicas. Com apoio do Fundo Paraná conseguimos fazer essa interação do setor produtivo e da academia. O enfoque para 2020 deve ser em inovação, mostrar o conhecimento adquirido para auxiliar empreendedores e microempreendedores nos seus processos produtivos”, complementou Kawano.

O Fundo Paraná tem o CCT-PR como órgão de assessoramento superior, sendo responsável pela formulação e implementação da Política Estadual de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PDCT), parte integrante da política de desenvolvimento econômico e social do Estado. Segundo a Constituição Estadual, 1,5% dos tributos estaduais devem ser aplicados no financiamento de pesquisas científicas e tecnológicas em instituições paranaenses, como o Tecpar, as universidades estaduais e o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).

A gestão dos recursos é de responsabilidade da Secretaria de Estado da Fazenda, por meio da Coordenação de Orçamento e Programação (COP), que responde pelo controle e ajustes necessários, visando ao cumprimento do percentual constitucional.

NOVA COMPOSIÇÃO

O Conselho de Ciência e Tecnologia é presidido pelo governador e tem o superintendente Aldo Bona como secretário. Tomaram posse na terça-feira outros representantes do Poder Executivo e personalidades dos âmbitos científico, tecnológico, empresarial e do trabalho.

Os novos conselheiros são Valdemar Bernardo Jorge (secretário de Planejamento e Projetos Estruturantes), Waldemiro Gremski (presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileira), Marcos Pelegrina (assessor da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), Ramiro Wahrhaftig (diretor-presidente da Fundação Araucária), Jorge Augusto Callado (diretor-presidente do Tecpar), Carlos Walter Martins Pedro (presidente da Federação das Indústrias do Paraná), Ronei Volpi (diretor da Federação da Agricultura do Paraná), Marcos Junior Brambilla (presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná) e Zenir Teixeira de Almeida (também representante dos trabalhadores).

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