Procuradora Especial da Mulher da Alep integra documentário sobre papel da representação feminina

Procuradora Especial da Mulher da Alep integra documentário sobre papel da representação feminina

Acadêmicas de Jornalismo da PUC-PR estão fazendo um registro do cenário paranaense que será exibido durante semana universitária e tem o propósito de provocar uma reflexão sobre a política brasileira.

A representação feminina na política, a igualdade de direitos e as mudanças que vão assegurar a cidadania plena foram temas abordados pela deputada Cristina Silvestri (PPS), procuradora especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), durante encontro com acadêmicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), na segunda-feira, dia 28.

As universitárias Marina Geiger, Eduarda Fiori e Paula Braga estão produzindo um documentário sobre o papel da mulher na política brasileira. A atividade é desenvolvida sob a orientação do professor Abel Ribeiro dos Santos, da disciplina de Ética. O vídeo será exibido durante uma semana acadêmica que ocorrerá em novembro na universidade e tem a finalidade de provocar a reflexão sobre o futuro.

Durante o encontro, a deputada Cristina Silvestri chamou a atenção para a baixa representação das mulheres nos espaços dos Poderes Públicos observando que, em contrapartida, hoje há mais eleitoras do que eleitores. “Dados estatísticos mostram que 52% do eleitorado brasileiro é formado por mulheres. Porém, na Alep temos uma bancada formada só por cinco deputadas num universo de 54 parlamentares. Na Câmara Federal essa situação se repete. Há 513 deputados federais e apenas 77 são mulheres”.

Mais apoio

A parlamentar também falou sobre a importância de se avançar na legislação que trata das cotas de gênero nas eleições, os projetos aprovados na Assembleia, o papel dos jovens nesse processo de transformações da sociedade e as ações da Procuradoria da Mulher, criada há três meses.

Na avaliação de Cristina Silvestri, as mulheres deveriam contar com 30% dos assentos na Câmara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais. “Processo semelhante ao implementado, por exemplo, na Alemanha para garantir uma maior participação das mulheres”, comentou.

“As mulheres brasileiras constituem a maior parte da população. Somos a maioria também no eleitorado. No entanto, nossa presença nos cargos decisórios não reflete nem nossa importância na população, nem nossa relevância socioeconômica”, argumentou.

Luta constante

As estudantes, que foram incentivadas pela procuradora da Mulher da Alep a participar da vida pública, enalteceram as posições defendidas pela deputada e manifestaram desejos de mudanças. “Temos que lutar muito, sempre. Por isso, agradeço a todas as mulheres que vieram antes de nós. Se hoje temos dificuldades, para elas foi mais difícil”, afirmou a deputada ao falar sobre as conquistas das mulheres na área da política e em todas as demais áreas.

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