Começam os estudos para novo programa de concessões de rodovias

Começam os estudos para novo programa de concessões de rodovias

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Ordem de serviço foi assinada por representantes do Governo do Paraná, Governo Federal e da empresa que fará o trabalho. Serão licitados 4,1 mil km de estradas estaduais e federais até 2021. A previsão é que o estudo fique pronto em nove meses.

Foi assinada na sexta-feira, dia 13, a ordem de serviço para o início dos estudos das Concessões de Rodovias Paranaenses. É o início do trabalho conjunto do Governo do Paraná e a União para modelagem do novo programa de concessões de rodovias que cortam o Paraná. Ao todo, serão licitados pelo Governo Federal 4,1 mil km de estradas estaduais e federais até 2021.

A expectativa é que este estudo, que vai indicar a modelagem para o contrato de concessão, fique pronto num prazo de nove meses. A autorização para início dos estudos foi assinada pelo secretário da Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, e por representantes do Ministério da Infraestrutura e da empresa contratada para execução do serviço.

“Não queremos a repetição do modelo que não deu certo no Paraná. Por isso estamos junto com o Governo Federal e temos a certeza que vamos fazer o melhor e mais transparente modelo de concessões”, afirmou o secretário Sandro Alex. “Nesta nova modelagem teremos mais obras e uma menor tarifa para o usuário, ponto que é a maior cobrança do governador Ratinho Júnior”, explicou. “Possivelmente será o maior lote de concessões do Brasil”, completou.

O novo programa de concessões incorpora ao conjunto de rodovias que formam os 2,5 mil km do Anel de Integração mais três importantes estradas estaduais: PR-092 (Norte Pioneiro), PR-323 (Noroeste) e PR-280 (Sudoeste). O futuro leilão também deve abranger os trechos paranaenses das BRs 163, 153 e 476.

“O motorista paranaense pode esperar, principalmente, muito investimento e uma rodovia muito melhor, com uma tarifa menor”, disse Roger Silva Pegâs, diretor de Transporte Rodoviário da Secretaria Nacional de Transportes Terrestres. Segundo ele, a redução na tarifa decorrerá da retirada de uma série de disfunções que aconteceram nestes contratos antigos, de 1997.

“Hoje a gente trabalha com modelagem mais moderna, melhores análises e nossa expectativa é de tarifas com valores menores do que os praticados no Paraná, já que alguns deles são os maiores do país”, disse Pegâs. “Entendemos que o sistema vai funcionar de uma forma melhor, mais integrada, ligando por exemplo a região Oeste e Norte do Paraná, assim como com outros Estados, no caso Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo”, acrescentou.

MAIS SEGURANÇA

Arthur Lima, diretor-presidente da Empresa de Planejamento e Logística S.A. (EPL), responsável por realizar estudos de viabilidade para a concessão à iniciativa privada, acredita que além da redução da tarifa do pedágio haverá também queda do número de acidentes e mortes.

“O Governo Federal investiu R$ 60 milhões neste projeto e acredita fortemente que haverá redução de mortes e acidentes nas rodovias e uma tarifa menor, além de maior qualidade no nível de serviço da rodovia”, afirmou. “Trabalhamos com prazo de nove meses para concluir os estudos”, completou.

Para o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), Fernando Furiatti, após o processo de concessão o Estado será destaque na qualidade das rodovias. “A gente vem ao longo dos anos sendo atendido por um modelo antigo e caro. Esta nova modelagem trará inovação, com uma qualidade de rodovia muito superior ao restante do Brasil e com uma tarifa justa, o que hoje nós não temos no Paraná”, explicou Furiatti.

TRECHOS

O novo programa de concessões rodoviárias passará a funcionar seguindo a lógica dos pedágios federais que já funcionam no Estado, unindo corredores em formato de mosaico. Entre as ligações, destaque para o elo Guaíra-União da Vitória e o reforço na ligação com São Paulo pelo Norte Pioneiro.

Outros pontos importantes da lista de concessões são as modernizações da PR-323, entre Maringá e Guaíra, uma demanda antiga do setor produtivo do Estado; e da PR-280, que corta o Sudoeste e é uma ligação muito usada no transporte entre o Brasil e a Argentina.

Os contratos com as atuais concessionárias foram assinados em 1997 e se encerram em 2021. O polígono geométrico interliga Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Cascavel, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Maringá, Paranavaí, Londrina e Paranaguá.

PRESENÇAS

Também participaram da solenidade de assinatura da Ordem de Serviço o presidente da Agência Reguladora do Paraná (Agepar), Omar Akel; o executivo de investimentos de consultoria em parcerias público-privadas para o Brasil do International Finance Corporation, Fernando Camacho; João Arthur Mohr, representando a Federação de Indústrias do Paraná (Fiep), e Maria Alice Nascimento Souza da Agência Nacional de Transportes Terrestres.

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