Os alunos do 1º ano da Escola Municipal Clementina Cruz participaram de uma dinâmica de educação em saúde sobre pediculose, que são os temidos piolhos. As farmacêuticas Guiven Dobis Bernarde e Nicolle Mansilla conduziram jogos e outras atividades lúdicas para instigar a curiosidade e o aprendizado em relação ao assunto. Na ocasião foram trabalhadas as informações dos sintomas, formas de contágio, como evitar, ciclo de vida do parasita e o tratamento disponível nas unidades de saúde. Relativo ao tema também foi abordado o bulling, o qual muitas vezes envolve alunos com pediculose e os afasta do ambiente escolar.
“A diretora da escola, Andreia Nacur Henrique, levantou a necessidade da ação pelo número de casos, e prontamente aderiu à parceria com a Secretaria Municipal de Saúde”, explica Nicolle Mansilla. O objetivo é de que a atividade auxilie na fixação das informações, para que as crianças sejam multiplicadoras destas entre os colegas e familiares. “Nesse sentido, os pais receberam por escrito orientações de cuidados preventivos”, conta a farmacêutica.
A escola é um local mais propenso à infestação de piolhos, uma vez que as crianças são, geralmente, as mais infectadas. Logo, para as profissionais de saúde fica claro que a parceria com a educação é um elo importante na prevenção e promoção de saúde. “É a primeira vez que fazemos essa atividade, os alunos adoraram. Apesar de parecer um tema comum é extremamente relevante levar informações sobre prevenção e tratamento”, destaca Nicolle.
Pediculose
Segundo o Ministério da Saúde, a pediculose da cabeça ou piolho capilar é a infestação dos cabelos pelo parasita Pediculus humanus. A transmissão ocorre pelo contato direto ou pelo uso de bonés, chapéus, escovas de cabelo, pentes ou roupas de pessoas contaminadas.
Os sintomas são apresentados pela intensa coceira no couro cabeludo, podendo surgir pontos avermelhados como picadas de mosquito. Ocorre também a presença do parasita (piolho) e de seus ovos (lêndeas), que aparecem como pequenos pontos esbranquiçados grudados aos fios de cabelo.
A lavagem dos cabelos com shampoos e aplicação de loções específicos para pediculose fazem parte do tratamento. Em alguns casos pode ser necessária a medicação oral, prescrita por médico dermatologista. De qualquer maneira é necessária a remoção total com pente fino ou manualmente dos piolhos e lêndeas, um por um, pois os medicamentos não matam os ovos do parasita.
Projeto busca o combate da obesidade infantil
Durante os encontros, realizados na Unidade de Saúde Tarumã, são abordadas estratégias para o enfrentamento do sobrepeso e da obesidade em crianças.
A obesidade infantil é o tema de um projeto realizado pela Unidade de Saúde da Família Tarumã e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), em parceria com o curso de Nutrição da UFPR. O público participante é formado por crianças com sobrepeso ou obesidade e suas mães ou responsáveis, abrangendo, neste primeiro momento, aproximadamente 10 famílias. Durante os encontros, que ocorrem desde setembro deste ano, são abordadas estratégias para o enfrentamento da obesidade em crianças.
O principal objetivo da intervenção é a prevenção, principalmente, das doenças cardiovasculares, entre outros agravos. “A opção pela faixa etária tem o intuito de auxiliar na formação de adultos com melhor qualidade de vida”, explica a coordenadora USF Tarumã, Susanmeire Ito dos Santos.
As crianças, que são da comunidade onde a USF está instalada, foram selecionadas a partir da avaliação de critérios clínicos. De acordo com Susanmeire, a ideia é incorporar o projeto às atividades da Unidade de Saúde. “Considerando a relevância da iniciativa nós pretendemos realizar a institucionalização da estratégia com o suporte da equipe multiprofissional do NASF”, complementa a coordenadora.
Os encontros ocorrem em formato de roda de conversa, além de atividades dinâmicas, uma vez que existe a necessidade de despertar o interesse das crianças. A condução é realizada pelas acadêmicas do curso de nutrição da UFPR, sob a supervisão da nutricionista do NASF, Lilian Mitsuko Tanikawa.
“Está havendo uma boa adesão por parte dos pais e crianças, porém como é uma intervenção que busca a mudança de comportamento os resultados somente poderão ser aferidos a médio prazo”, explica Susanmeire.
