Ratinho Júnior reafirma meta de tornar o Paraná polo agritech

Ratinho Júnior reafirma meta de tornar o Paraná polo agritech

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Governador apresentou o projeto ao Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes. Uma possibilidade é começar o projeto por Londrina, aproveitando a existência de 400 startups.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior reforçou no dia 23 de agosto, sexta-feira, em encontro com o Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, a meta de transformar o Paraná em um grande polo de inovação em agritech – tecnologia aliada ao agronegócio. O governador recebeu o ministro no Palácio Iguaçu, logo após ele receber o título de cidadão honorário do Paraná na Assembleia Legislativa.

Para Ratinho Junior, somente com a utilização de tecnologia é que o agronegócio do Paraná conseguirá mudar de patamar na produção de alimentos, ganhando em qualidade ofertada e ampliando as exportações.

“Precisamos avançar no agritech, ter mais precisão para, por exemplo, usar menos agrotóxico e se tornar cada mais sustentável”, afirmou. “E isso só será possível com o aval e respaldo científico do ministério, melhorando todo o arranjo produtivo”, completou.

Uma das possibilidades é começar o projeto por Londrina, no Norte do Paraná, aproveitando o ecossistema de inovação já implantado na região, que conta com mais de 400 startups.

A iniciativa de criação do polo engloba uma grande parceria, envolvendo Celepar, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Agência Paraná de Desenvolvimento, Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento, as universidades estaduais e parcerias com a prefeitura e entidades da sociedade.

“O Paraná, que é um dos maiores produtores de alimento do mundo, tem que ser o líder desse processo de inovação no agronegócio”, disse o governador.

CELEIRO DE IDEIAS

O ministro Marcos Pontes destacou que o ministério também aposta no Paraná como celeiro de ideias inovadoras, distribuindo tecnologia para as diversas regiões do País. “Desenvolvemos a tecnologia aqui e depois espalhamos pelo Brasil. Assim conseguiremos resultados excelentes para o Estado e para o País”, disse.

Ele mencionou a criação, na quinta-feira (15), de um grupo para discutir a adoção de tecnologias digitais da chamada “Internet das Coisas” no campo. A “Câmara Agro 4.0” será encabeçada pelos ministérios da Agricultura e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, mas contará com a participação de outros órgãos, de pesquisadores e de associações e empresas do setor no país.

O termo “Internet das Coisas” é usado para designar um ecossistema em que não apenas pessoas estão conectadas por meios de seus computadores e smartphones, mas também dispositivos estão interligados entre si, com usuários e com sistemas complexos de coleta, processamento de dados e aplicações de diversos tipos.

Na agricultura, um exemplo é o uso de sensores em tratores que medem a situação do solo e enviam dados para sistemas responsáveis por processar essas informações e fazer sugestões das melhores áreas ou momentos para o plantio.

Outro é o emprego de sistemas para fazer previsão de variações de microclima nas áreas da terra, de forma a melhorar o preparo para as alterações de temperatura ou início e fim de chuvas.

A Câmara também deverá se debruçar sobre programas para fomento à aquisição e difusão de tecnologias inovadoras. Um dos intuitos é estimular a criação e o crescimento de startups como forma de disseminação de soluções técnicas, ampliando a produtividade no campo.

PRESENÇAS

Participaram do almoço o secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva; o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Bona; o superintendente-geral de Inovação, Henrique Domakoski; o deputado estadual Emerson Bacil; e Hélio Bruck Rotenberg, presidente da Positivo Tecnologia.

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