Aplicação desse programa inicia com apresentação, orientação e entrega de uma apostila para professores e pedagogos das unidades participantes
A Secretaria de Educação de Pinhais realizou a formação inicial do programa Consciência Fonológica, cujo objetivo é orientar os profissionais da Educação Infantil sobre a importância de trabalhar esse tema antes do processo de alfabetização. Por meio dele são desenvolvidas habilidades de reflexão e manipulação da linguagem falada, avançando de forma produtiva o processo de leitura e escrita.
A idealizadora do programa é a fonoaudióloga e servidora municipal Gisele Pinheiro Bacilla. “Durante uma formação me pediram para falar sobre este tema e, posteriormente, pensei em um projeto específico, pois sabia da importância dessa temática para o aprendizado das crianças de Pinhais. Com o Consciência Fonológica é possível conscientizar os alunos de que as frases são formadas por palavras, palavras por sílabas e estas por fonemas. Quando a criança começa a ter essa consciência é mais fácil para ela entender a estrutura da escrita e avançar no processo de aprendizado”, explica Gisele.
A aplicação desse programa no ano letivo inicia com a apresentação, orientação e entrega de uma apostila para professores e pedagogos das unidades participantes. Entre março e abril os profissionais trabalham com as crianças “Frase”, de maio a setembro “Sílabas”, e por último “Fonema”, sempre de forma lúdica e com muitas brincadeiras. No meio do ano acontecem oficinas para aprimoramento e, por fim, ocorre uma ação onde são apresentadas as melhores atividades, estas são inseridas na próxima edição da apostila, que é sempre dinâmica e sofre atualizações a cada ano.
O programa de Consciência Fonológica começou tímido, em 2014, com apenas duas unidades de ensino. No ano seguinte foram quatro, depois seis, no ano passado 11 e, neste ano, as 10 instituições municipais que faltavam aderiram ao programa. O seu sucesso também é refletido em resultados, como explica a fonoaudióloga. “Muitos professores procuram ter os alunos que participaram do nosso programa em suas turmas. Além disso, esses estudantes têm resultados mais significativos que os demais. Outro exemplo do sucesso aconteceu recentemente quando participei de um curso de Neuroeducação, em Curitiba. Ministrado por professores de São Paulo, eles ficaram muito surpresos com o programa e os resultados, e vão citar Pinhais como exemplo”.
Os trabalhos são desenvolvidos ainda com a ajuda das pedagogas Franciane Mileidy dos Santos, Maria Derlimar Hess e Priscila Rios Sens, esta última acrescenta o caráter preventivo do Consciência Fonológica. “Com ele foi constada uma diminuição das Fichas de Encaminhamento nas instituições de ensino participantes, isso sem contar que muitas profissionais ficam ansiosas para participarem do programa”, completa.