As equipes de inspeção da Copel autuaram 13 mil pessoas por fraude de energia no Paraná em 2014. Atualmente, a cada quatro inspeções, uma ligação irregular é encontrada. A eficiência, de quase 25%, é a maior desde que a área de inspeção da Copel foi criada, há dez anos, e dobrou em relação ao ano de 2013, quando foi de 13,4%. Em Curitiba, a eficiência é ainda maior, 40%.
Para alcançar esse resultado, a Companhia investiu em tecnologia e treinamento de equipes especializadas. “Não foi o número de fraudes que aumentou, mas a nossa capacidade em identificá-las. Com a preparação de nossos técnicos e o apoio de um banco de dados extenso e de equipamentos modernos, intensificamos o combate ao furto de energia”, esclarece o diretor-presidente da Copel Distribuição, Vlademir Daleffe.
A adulteração de medidores para registrar consumo menor do que o real é a forma mais comum de furtar energia. Para combater esse tipo de fraude, a Copel conta com equipamentos modernos e informações integradas – como histórico de consumo – que detectam qualquer alteração nos medidores ou no padrão de consumo.
Há também casos de ligações clandestinas, em que a energia é retirada diretamente da rede, sem ser mensurada. “É responsabilidade da Copel combater furto e fraude. Furtar energia é crime, previsto no artigo 155 do Código Penal. Além disso, é uma grande injustiça com os consumidores que pagam suas contas regularmente. Temos nos dedicado a coibir essas ações com esforço cada vez maior”, destaca Vlademir.
Atualmente, as perdas comerciais causadas por furto representam 2,8% do total da energia comercializada pela Copel, um dos menores índices do país. Para combater as fraudes, a população também pode ajudar, realizando denúncias pelo telefone 0800 51 00 116.
Acidentes
Além de ser crime, o furto de energia sobrecarrega a rede elétrica, prejudica o fornecimento de energia e pode causar acidentes. O risco de acidentes deve-se à falta de padronização e proteção adequada das ligações ilegais, muitas vezes com exposição de cabos de energia. As ligações clandestinas representam a segunda maior causa de mortes com choque elétrico no Brasil, atrás apenas de acidentes fatais na construção e manutenção predial.