por Fernando Rizzolo
Parece que foi ontem, e me perdoem os jovens leitores que me acompanham, pois podem achar que, em função dos meus 64 anos, estou saudosista demais neste texto. E estou mesmo, pois vejo, com a eleição do nosso novo presidente, um Brasil novo, com novas ideias, longe das práticas ideológicas que perduraram durante o governo do PT. Parece que foi ontem que eu, estudante de uma escola pública, em 1965, ou seja, um ano após o contragolpe militar, tinha orgulho e noção de que era um brasileiro.
A primeira coisa que fazíamos antes de entrar em aula era hastear a bandeira, serviço esse feito de forma rápida por um funcionário da nossa escola estadual, enquanto nós, alunos, observávamos em fila. Depois íamos para a sala de aula. Assim que o professor entrava, todos se levantavam e então começava a aula.
Era uma coisa meio automática, robotizada, mas tinha sim uma percepção de respeito. Mais tarde, já no colégio particular, no famoso “ginásio”, tínhamos aulas de “Educação Moral e Cívica”, palavras boas, de respeito à Pátria, dos problemas do Brasil, sempre com o espírito patriota. Não posso esconder a satisfação de saber que o escolhido para ser Ministro da Educação pelo nosso novo presidente Jair Bolsonaro é o filósofo Ricardo Vélez Rodríguez, que, segundo relatos da mídia, quer sim resgatar esses valores perdidos, muito embora os esquerdistas de plantão já alardeiem que ele será um difusor da direita, ora, o cidadão nem começou a ser ministro e a esquerda já o desqualifica?
A educação básica é a estrutura fundamental para a formação cívica dos brasileiros, e tudo isso foi perdido, precisamos dar início a um trabalho começando do zero, ou seja, elaborar um trabalho na infância e tentar desconstruir o esquerdismo de alguns jovens, que foram maciçamente doutrinados nas Universidades Públicas pelos seus professores. Chegamos a um ponto insustentável de libertinagem ideológica esquerdista, e isso deve ser totalmente desmontado.
Infelizmente são muitos os setores aparelhados nesses últimos 13 anos de governo socialista, o trabalho será exaustivo, a mídia deve ser colaborativa, para que possamos avançar em todos os segmentos. Até nossa Constituição possui ideais socialistas em demasia, protecionismo em excesso, direitos trabalhistas que impedem a contratação de mão de obra, uma Justiça do Trabalho que, a meu ver, só atrapalha as relações de emprego, vez que é utilizada como um “plus” das verbas rescisórias, mas, como está previsto na Constituição, temos que respeitá-la.
O Brasil se enche de esperança e eu, como um menino, sonho com os meninos do futuro, que poderão ter a felicidade que a nossa geração teve de ser o que somos, muito em razão do civismo com que fomos agraciados, ao olhar o hasteamento da bandeira, ao levantar da “carteira” quando o professor chegava na sala de aula, ao ter a coragem de reconstruir o que foi destruído. Vai valer a pena, tenho certeza.
Fernando Rizzolo
Advogado, Jornalista, Mestre em Direitos Fundamentais, Professor de Direito