terça-feira, 30 de abril de 2024
Prefeito de Piraquara, Marcus Tesserolli, o Marquinhos, faz considerações sobre os futuros Governos Estadual e Federal

Prefeito de Piraquara, Marcus Tesserolli, o Marquinhos, faz considerações sobre os futuros Governos Estadual e Federal

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Em entrevista exclusiva concedida a João Aloysio Ramos, diretor do jornal A Gazeta Metropolitana, Marcus Tesserolli, o Marquinhos, falou das dificuldades enfrentadas no início de seu primeiro governo e como conseguiu superar tantos desafios. O chefe do Executivo Municipal ressaltou ainda a renovação do contrato de concessão com a Sanepar, citou importantes obras para a partir de 2019 e disse o que espera de Ratinho Júnior e Jair Bolsonaro.

A Gazeta Metropolitana: O senhor assumiu a Prefeitura de Piraquara em 2013. Na oportunidade, segundo declarações a este jornal, encontrou um município com muitos problemas, como contas atrasadas, gastos com funcionalismo no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, além de uma cidade carente em infraestrutura-saneamento básico insuficiente para atender as demandas da população, ruas e avenidas em condições precárias-precisando de manutenção, entre outras necessidades. Como conseguiu contornar essas dificuldades e ainda investir em educação, saúde e lazer, contando com um orçamento limitado como o de Piraquara?

Prefeito Marquinhos: Realmente, quando assumimos a Prefeitura encontramos uma cidade com algumas deficiencias estruturais, além de duas dívidas-sendo uma com fornecedores e outra bem ruim, que representava aproximadamente 25% de todo o orçamento anual de Piraquara. Então, passamos os anos de 2013, 2014, 2015 e 2016 pagando dívidas, mas encerramos a primeira gestão com as contas em dia e muitos avanços. Só a partir de 2017, no início do segundo mandato, é que conseguimos trabalhar um pouco mais tranquilo, com orçamento equilibrado.

A Gazeta Metropolitana: E como está a situação da Prefeitura atualmente

Prefeito Marquinhos: Em 2018, devido a boa gestão feita até o momento, já temos dinheiro em caixa para investir em obras-terminar o que começamos e dar início a novos projetos. Para os que apostam contra e dizem que vamos entregar, no final de 2020, uma prefeitura endividade, digo o seguinte: herdamos uma dívida de 25% do orçamento anual e, depois de realizarmos diversas benfeitorias, reduzimos para menos da metade-11%. Isso é fruto de muito trabalho, comprometimento e austeridade por parte de toda a administração, incluindo prefeito, secretários e equipe de servidores municipais. Agora, até a metade do ano que vem, temos a possibilidade de fazer os investimentos que queremos, de aproximadamente R$ 50 milhões em infraestrutura-uma parte recursos próprios e outra através de financiamentos, como o “Avançar Cidades-cerca de R$ 33 milhões que pretendemos investir na duplicação da Avenida Pastor Adolfo Weidmann, entre a Rua Betonex e Av. Iraí(Pinhais), pavimentação total dos bairros Jardim Santa Mônica e Jardim Primavera, e parte da Vila Macedo, entre outras ações. Nosso ojetivo é fazer uma gestão melhor que a primeira, mas temos consciencia dos limites que a folha de pagamento do funcionalismo municipal nos impõe. Estamos no limite de gastos.

A Gazeta Metropolitana: Piraquara e Pinhais foram contempladas com uma das mais importantes obras da região metropolitana- a duplicação da Rodovia João Leopoldo Jacomel, aguardada há muitos anos pela população das duas cidades e também por motoristas que precisam passar por ali para acessar as rodovias que levam aos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Qual a sua participação, como prefeito para que este projeto se tornasse realidade, e qual a importância dessa obra para o desenvolvimento de Piraquara e região?

Prefeito Marquinhos: O projeto da duplicação é bem antigo, muita gente da região batalhou para que essa obra fosse realizada. Mesmo antes de eu ser prefeito, os Rotary e associações comerciais de Piraquara e de Pinhais já encabeçavam essa reivindicação. Porém, quando eu assumi, em 2013, vimos uma possibilidade real de que esse projeto saísse do papel. Mas, para que os recursos não fossem destinados para outra obra, também importante, precisava uma ação política efetiva. Na época, deixei de lado questão político-partidárias para defender os interesses da minha cidade. Assim, eu e o prefeito de Pinhais, Luizão Goulart, procuramos os deputados Ademar Traiano(líder do Governo) e Waldir Rossoni(presidente da Assembleia) para que pudessemos viabilizar recursos e tornar o projeto uma realidade. Então, através dos deputados chegamos ao secretério de infraestrututa, Pepe Richa, e depois ao governador Beto Richa, que se senssibilizaram com a nossa causa. Aí, foi só a Assembleia dar o “ponta pé” inicial para o começo da obra [com recursos economizados pela própria Casa], já que havia projeto, vontade e apelo popular. Outro deputado que nos ajudou bastante foi o Rasca Rodrigues.

A Gazeta Metropolitana: E qual a importância dessa obra para Piraquara e região?

Prefeito Marquinhos: Só o fato de poder ir e vir com maior rapidez e segurança já torna Piraquara muito atrativa para morar e investir. Sem contar que estamos próximos ao aeroporto Afonso Penna, porto de Paranaguá, importantes rodovias como a 277 e a 116, que ligam o Paraná a Santa Catarina e São Paulo, por exemplo, o que torna a cidade estratégica. Aqui temos ainda belezas naturais incríveis.

A Gazeta Metropolitana: Uma das principais riquezas de Piraquara é a água, explorada pela Sanepar e que impõe uma série de restrições ao desenvolvimento do município. Como está a relação com empresa atualmente, no que diz respeito à contrapartida?

Prefeito Marquinhos: Tínhamos duas demandas junto a Sanepar. Uma delas já resolvemos-a renovação do contrato de concessão, e quero aproveitar para agradecer aos vereadores que aprovaram o projeto no início do ano, no término do Governo Beto Richa. Isso nos deu condição de finalizarmos diversas obras que dependiam da colocação da rede de esgoto, realizadas pela Sanepar. Por isso, a renovação desse contrato foi muito importante para Piraquara. A segunda demanda diz respeito a PEC das Águas, onde o município cobra uma contrapartida da empresa por preservar a água . A questão está na Justiça e existe a possibilidade de sermos ressarcidos. Na verdade, a Sanepar já nos paga, mas estamos pleiteando um valor maior.

A Gazeta Metropolitana: O senhor foi um dos grandes apoiadores de Ratinho Júnior, inclusive ele esteve na cidade algumas vezes durante a campanha. Nesse periodo, voces conversaram sobre futuros projetos para Piraquara, inclusive melhorias na contrapartida da Sanepar? O que espera do governador eleito?

Prefeito Marquinhos: Estamos muito esperançosos com relação ao futuro do Paraná. Abracei a campanha do Ratinho Junior desde o começo, acreditando nesse projeto inovador anunciado por ele. Apostando nisso deixei o PDT para me filiar ao PSD, partido do governador eleito. Não posso me queixar do governo de Beto Richa e nem de Cida Borghetti, mas estou muito confiante na próxima administração do Estado. Na verdade, Ratinho Júnior tem ajudado Piraquara há bastante tempo, enquanto deputado federal e também secretário trouxe muitos recursos e melhorias para a cidade. Quanto a Sanepar, acredito que será feito o melhor possível para compensar o município.

A Gazeta Metropolitana: Sobre o presídio de Piraquara, no que diz respeito à segurança e impedimento para o desenvolvimento do município, que considerações o senhor faz?

Prefeito Marquinhos: Piraquara tem o maior complexo prisional do Paraná, e nós cumprimos a responsabilidade que nos foi dada. Assim como abastecemos outras cidades com a nossa água, sem a devida contrapartida, entendemos também que o presídio faz parte do município. Enfim, essa é a nossa contribuição para Curitiba, Região Metropolitana e todo o Paraná. No entanto, precisamos discutir com o novo governo alguns projetos. Por exemplo, entendemos que não é justo ter o maior complexo prisional do esatdo e ainda ter uma delegacia superlotada no centro da cidade. Então, precisamos de um olhar diferenciado para essa área em Piraquara, mas tudo isso tem que ser conversado no momento certo.

A Gazeta Metropolitana: Durante à campanha, Ratinho Júnior falou muito em fomentar o turismo no Paraná como forma de aumentar a arrecadação do Estado. Existe algum projeto nessa área, em Piraquara, que possa ser apresentado ao novo Governo?

Prefeito Marquinhos: Piraquara é uma bela cidade, com muitos encantos e atrativos naturais. Gostaríamos que a cidade estivesse em um outro patamar turístico, mas ainda não coseguimos desenvolver como gostaríamos. No entanto, criamos infraestrutura para a partir de agora ter um olhar direcionado para essa área, que talvez seja grande saída para as dificuldades que enfrentamos com as muitas restrições. Acredito, e muito, que através desse “Paraná Inovador” possamos desenvolver o turismo de Piraquara, já que estamos tão perto de Curitiba e contamos com lindas paisagens e passeios bem interessantes para oferecer aos turistas da capital e de toda região.

A Gazeta Metropolitana: Com relação ao Governo do Presidente eleito Jair Bolsonaro. O que o senhor espera?

Prefeito Marquinhos: Penso que estamos muito distante de Brasília, e assim tem sido ao longo do tempo. Não tenho nenhuma proximidade com o Governo Federal, mas como brasileiro sempre sou muito otimista. Acredito nas pessoas e que o Brasil é um país promissor, com grandes oportunidades. Assim, tem tudo para dar certo.

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