Proximidade das eleições aumenta a expectativa de candidatos e eleitores

Proximidade das eleições aumenta a expectativa de candidatos e eleitores

por Vanessa Martins de Souza

Nesta semana, entramos na reta final do primeiro turno da campanha eleitoral. No domingo (7) será o dia de os eleitores, em todo o Brasil, escolherem o presidente da República, governador de cada estado, senadores e deputados federais e estaduais. Considero a data das eleições o dia mais importante da vida pública de um cidadão, dentro de uma democracia direta – regime de governo no qual estamos inseridos. Isso porque não se trata apenas de cumprir com sua obrigação, mas de exercer o direito de escolher seu representante em Brasília e em seu estado. Não há outro jeito, caros leitores, de contarmos com mais ética, responsabilidade, honestidade e competência na política se não fizermos a nossa parte como eleitores e cidadãos. Votar com consciência.

Eleições no Paraná

No Paraná, segundo as últimas pesquisas (Ibope, dia 27), o candidato do PSD ao Governo do Estado, Ratinho Júnior, está com 44% nas intenções de voto. A candidata a reeleição Cida Borghetti (PP) está com 17%. João Arruda (MDB) tem 10%. Doutor Rosinha (PT) conta com 6%. Ogier Buchi (PSL) 2%. Professor Piva (PSOL), Professor Ivan Bernardo (PSTU), Priscila Ebara (PCO) e Jorge Bernardi (REDE) têm, cada um, 1%. Geonísio Marinho (PRTB) não pontuou. Brancos/Nulos somam 9%. Não sabe chega a 9%. Se esse cenário persistir até o dia da eleição, provavelmente, Ratinho Júnior poderá vencer já no primeiro turno.

Pró-Bolsonaro

No cenário nacional, há muitos que acreditam em uma definição das eleições já no primeiro turno, a partir de uma votação em massa no candidato do PSL, Jair Messias Bolsonaro. Muito embora as últimas pesquisas o apontem com 31% do total das intenções de voto, não é pequeno o número de eleitores que duvidam da veracidade dos levantamentos e acreditam que Bolsonaro tenha um percentual muito maior de intenções de voto. Descontadas as torcidas apaixonadas, essa possibilidade talvez não se revele tão utópica, se tomarmos por base o grande número de manifestantes pró-Bolsonaro que têm saído às ruas, de norte a sul e leste a oeste do País, em carreatas e eventos como o da Avenida Paulista, no domingo (30), e da Praia de Copacabana, no sábado (29).

“Elenão”

Não se pode negar, também, o grande número de manifestantes dos eventos “elenão”, realizados em diversas cidades do Brasil, que reuniu eleitores de diversos partidos, na grande maioria de esquerda – já que foram vistas muitas bandeiras vermelhas – que não votariam de jeito nenhum no candidato do PSL. Contudo, é interessante observar que, em um eventual segundo turno, se as pesquisas não errarem feio, dessa vez, o mais provável é que teremos o candidato do PT, Fernando Haddad, contra o Capitão Bolsonaro. Ou seja, se houver segundo turno, quem diz não votar de jeito nenhum no Bolsonaro só poderá votar no petista, em branco/nulo, ou ainda optar pela abstenção, não comparecendo às urnas. Qual rejeição seria maior entre o eleitorado brasileiro? A Bolsonaro ou ao PT? Num eventual segundo turno, saberemos. Por enquanto, os eventos “elenão” trouxeram a percepção de que foi, também, uma maneira de se fazer campanha “velada” para Haddad.

Rejeição a Bolsonaro e ao PT

Em um pleito tão decisivo, tão crucial, tão dramático para os rumos da nação, quase um plebiscito, quantos eleitores estariam dispostos a deixar de optar por um dos dois candidatos no segundo turno por não apoiarem genuinamente nenhum deles? O voto no “menos ruim”, com certeza, está em jogo, mais do que nunca, tanto para um lado como para outro da disputa. Assim, torna-se um pouco complicado deixar de considerar que as manifestações “elenão” foram, na verdade, uma campanha pró-Haddad, no segundo turno. Inclusive, acompanhei a manifestação “elenão” em Curitiba e pude verificar diversas pessoas portando adesivos do Haddad e bandeiras do PT, assim como outros partidos de esquerda, como PSOL, por exemplo. Sendo assim, considerando esse fato, acredito ser difícil algum antipetista aderir ao “elenão”. Um grande número de eleitores encontra-se nessa posição, de não querer nenhum dos dois candidatos. Mas, não será surpresa se grande parte desse eleitorado terminar por votar em Bolsonaro ou Haddad tão somente para impedir que o adversário considerado pior seja eleito. Tudo indica que será uma eleição em que teremos ainda uma nação bastante dividida entre os dois polos extremos da esquerda e da direita.

Diante do quadro que se apresenta, torço para que tudo transcorra de forma tranquila no dia 7 de outubro, domingo que vem. Mais do que nunca, o Brasil precisa dos brasileiros. Vote!

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