As baixas temperaturas registradas no Paraná demandam cuidados com a gripe. Recentemente, foi confirmada a 49ª morte por gripe no Estado. A informação consta no último Boletim de Influenza da Secretaria de Estado da Saúde divulgado na quarta-feira (11).
O documento mostra que, desde janeiro deste ano, 365 casos da doença foram confirmados no Paraná. Em todo o Brasil já são 21.150 casos e 2.616 mortes em 2018.
Entre os casos registrados no Estado, a maioria foi entre mulheres, responsáveis por 191 ocorrências, ou 52,3% do total. No caso dos óbitos, os homens foram os que mais morreram por conta da gripe. Dos 49 óbitos registrados, 39 (79,6%) foram vítimas masculinas e apenas 10 (20,4%) femininas.
Em relação à faixa etária, 108 dos casos de gripe (29,6% do total) ocorreu entre pessoas com 60 anos ou mais. Em segundo lugar aparecem as crianças menores de 5 anos, com 74 confirmações (20,3%). O maior número de óbitos está entre pessoas acima de 50 anos, com 41 mortes.
O secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Nardi, ressalta que o Paraná já registrou casos de Influenza em 80 municípios, 20 das 22 Regionais de Saúde do Estado já têm casos da doença. “O vírus está circulando em todo o Paraná. Nenhuma região está livre da Influenza. Ainda estamos em pleno inverno, época de maior ocorrência da doença. Não podemos nos descuidar”, diz Nardi.
PREVENÇÃO
Entre os principais cuidados que devem ser tomados para diminuir o risco de contaminação pelo vírus da gripe está a higienização correta das mãos. Elas devem ser lavadas frequentemente com água e sabão, sendo recomendável também complementar o processo com a aplicação de álcool em gel após a lavagem. Outro cuidado é higienizar periodicamente com álcool em gel as superfícies que entram em contato com as mãos, como mesas, teclados e maçanetas.
Recomenda-se ainda que as pessoas evitem compartilhar talheres, copos e alimentos e sempre usem lenços descartáveis para cobrir a boca na hora de tossir ou espirrar, além de manter os ambientes ventilados e evitar a aglomeração de pessoas.
Segundo o chefe da Divisão de Vigilância de Doenças Transmissíveis, Renato Lopes, os cuidados preventivos devem ser adotados continuamente, mesmo por pessoas que foram vacinadas contra a gripe em 2018. “São hábitos saudáveis que precisam ser praticados por todos para diminuir o risco de contaminação e disseminação não apenas do vírus da gripe, mas de uma série de doenças”, diz.
Ele alerta ainda para os sintomas da doença, que incluem febre alta (acima de 38°), dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse. “Quando há suspeita de Influenza, deve-se procurar os serviços de saúde para avaliação médica e início oportuno do tratamento com antiviral específico. A pessoa nunca deve se automedicar”, afirma Renato.
VACINAÇÃO
Neste ano, a campanha nacional de vacinação contra a gripe começou em 27 de abril e foi encerrada em 22 de junho. No Paraná, terminou com a aplicação de mais de 2,8 milhões de doses entre os grupos alvos, que incluíam crianças entre seis meses e 4 anos completos, trabalhadores da saúde, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), idosos (acima de 60 anos), população indígena, professores (ensino público e privado) e pessoas com doenças crônicas.
Após o encerramento da campanha, a Secretaria de Estado da Saúde recomendou aos municípios que disponibilizassem as doses remanescentes da vacina à população em geral.
O último levantamento indica que entre os grupos prioritários, a cobertura vacinal chegou a 92,3% no Estado, acima da média nacional, de 83%.