O intuito dessa iniciativa de campo é investigar quaisquer possíveis rumores sobre Febre Amarela
Como forma de prevenção, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Unidade de Vigilância de Zoonoses, realiza mais uma campanha educativa e de vigilância passiva acerca da Febre Amarela, com o intuito de evitar que a doença atinja o município.
A Febre Amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores (mosquitos). Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou estes são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.
Segundo a Unidade de Vigilância de Zoonoses a maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente. O último caso de febre amarela autóctone confirmado no Paraná foi em 2008, em Laranjal, região central do Estado. Com relação a óbitos, os últimos também ocorreram no mesmo ano nas cidades de Maringá (caso importado), sendo que Pinhais nunca registrou caso de Febre Amarela.
Ainda cabe ressaltar que os fiscais da Vigilância Ambiental e os Agentes de Combate de Endemias estão reforçando as ações de vigilância de possíveis rumores sobre morte ou doença de macacos. Desta forma, a ação ocorreu primeiramente nas regiões do Parque das Nascentes, Alphaville, Jardim Karla e Jardim Amélia que são regiões próximas a matas e rios.
Durante as ações, foram entregues materiais educativos sobre a febre amarela e a população local foi orientada sobre como proceder em caso de constatar a presença de macacos na região. Lembrando que o macaco não transmite a doença, ele pega a doença assim como o ser humano, portanto o macaco é nosso aliado no combate a doença, pois ele ficando doente ou morrendo nos sinaliza que pode estar acontecendo à febre amarela silvestre na região.
Segundo a Médica Veterinária, Michele Garcia Medeiros, o intuito dessa iniciativa de campo é investigar quaisquer possíveis rumores sobre a morte ou doenças de macacos ou notificações da doença. “A comunicação em sintonia entre os serviços e a investigação ocorrendo em tempo hábil são ferramentas fundamentais para evitarmos que a doença chegue ao município”, afirma.
Febre Amarela Silvestre
A febre amarela silvestre é transmitida por mosquitos do gênero Haemagogus sp. e Sabethes sp. Somente os mosquitos fêmea transmitem o vírus, pois elas se alimentam de sangue. Os mosquitos infectados picam os macacos que acabam adquirindo e desenvolvendo a doença. O homem adquire a febre amarela silvestre de forma acidental, entrando nas matas e florestas e sendo picado pelo mesmo mosquito que transmite a doença para os macacos.
Febre Amarela Urbana
A febre amarela urbana é transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti. O homem infectado com o vírus nas matas e florestas ao contrair a doença e retornar para a área urbana se torna fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano. Não temos casos de febre amarela urbana no Brasil até o presente momento.
IMPORTANTE!
Não maltrate os macacos, eles não transmitem a doença. Quem transmite a febre amarela é o MOSQUITO. Os macacos servem de alerta para saber se a doença está ocorrendo ou não!
Serviço
Caso encontre algum macaco morto ou doente, não encostar no animal e entrar imediatamente em contato com a Unidade de Vigilância de Zoonoses que fica na Rua Alto Paraná, 1789, Emiliano Perneta. Telefone: (41) 3912-5396 ou 3912-5395. E-mail: ambiental@pinhais.pr.gov.br
