É o Estado com maior taxa de crescimento da produção industrial no País, de janeiro a outubro neste ano.
Depois da queda registrada em 2016, a indústria de transformação retomou o ritmo e deve encerrar 2017 com avanço na produção acima de 5% no Paraná. É o Estado com maior taxa de crescimento da produção industrial no País neste ano. Em 2016, com a crise econômica, o setor havia registrado uma queda de 4,3%.
A projeção, feita pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), toma como base a retomada do setor, que ganhou fôlego ao longo dos meses. De janeiro a outubro, o crescimento foi de 5%, de acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ficou à frente de Mato Grosso (4,6%), Amazonas (4,4%) e Santa Catarina (4,1%).
O desempenho no acumulado do ano também é bem superior ao do Brasil, de 1,4% no período. Especificamente em outubro, na comparação com o mesmo período do ano passado, a indústria do Paraná cresceu 4,2%.
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Em dez meses, o desempenho da indústria paranaense da transformação (que não inclui a atividade extrativa) foi puxado pelos setores de máquinas e equipamentos e automotivo, com crescimento de 48,2% e 18%, respectivamente. “O setor de máquinas e equipamentos, especialmente na produção tratores e colheitadeiras, foi beneficiado pelo crescimento do agronegócio, com a boa safra agrícola”, afirma Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes.
Segundo ele, além do avanço da renda no campo, que permitiu ao produtor investir mais na compra de maquinário, o segmento também vem registrando bons resultados nas exportações.
Com relação aos automóveis, o crescimento é atribuído à retomada do mercado interno, aumento das exportações e o lançamento de novos produtos. “O polo automotivo do Paraná é considerado o segundo maior em valor adicionado, reconhecido pela modernidade das plantas industriais, o que vem atraindo investimentos na produção de novos modelos”, diz.
O setor de minerais não metálicos, que abrange a área de cimento e calcário, recebeu investimentos de várias fábricas nos últimos anos no Estado e registrou o terceiro maior crescimento, de 9%, no acumulado do ano.
Outros destaques foram a fabricação de bebidas (2,5%), de produtos de madeira (1,8%), celulose e papel (2,3%), borracha e material plástico (4,9%), metal, exceto máquinas e equipamentos (1,1%) e móveis (2%).