Representantes de entidades frigoríficas brasileiras garantiram no domingo (19) a segurança dos produtos brasileiros de origem animal. Após reunião com o Presidente da República, Michel Temer, eles afirmaram que os fatos apresentados pela Operação Carne Fraca são pontuais e que o País cumpre todas as regras internacionais.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, ressaltou que a proteína animal brasileira é fiscalizada em todos os países importadores e cumpre todas as regras de segurança alimentar. “Nós exportamos para 170 países do mundo, temos a melhor imagem, a proteína animal brasileira é segura”, afirmou.
De acordo com Turra, a entidade “abomina” os acontecimentos e defende a punição dos envolvidos. Mas ponderou que, por conta de casos específicos, todo um sistema seja prejudicado. “Não podemos contaminar empresas, marcas e deixar na rua 4 milhões de empregos só na avicultura e suinocultura, 6 milhões pela carne bovina”, defendeu Turra.
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Camardelli, afirmou que a reunião no domingo à tarde dá a “certeza de que o caminho será retomado”. “O resultado da reunião foi extremamente interessante, porque a primeira posição do Presidente é em defesa do patrimônio da indústria. A cadeia produtiva do boi representa, em uma mensuração de 2016, R$ 4,88 bilhões”, contou.
Camardelli, que é médico veterinário, também garantiu que o consumidor brasileiro pode ficar tranquilo em relação à qualidade da carne brasileira: “O recado é simples: consuma carne. A produção do mercado externo e interno é igual, não tem distinção nenhuma. (…) Podemos falar com tranquilidade que pode consumir tranquilamente. Tudo que tem SIF [número do Serviço de Inspeção Federal], tem garantia”.