Prevenção ao alcoolismo pode ocorrer dentro do ambiente de trabalho

Prevenção ao alcoolismo pode ocorrer dentro do ambiente de trabalho

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Programa Cuide-se +, do Sesi no Paraná, presta consultoria às empresas para auxiliar os trabalhadores

Neste sábado, dia 18, é celebrado o Dia Nacional da Luta Contra o Alcoolismo. Com foco na saúde do trabalhador da indústria, o programa Cuide-se +, do Sesi no Paraná, registrou média de 14 mil trabalhadores atendidos nos anos de 2015 e 2016 no eixo de Prevenção ao Uso de Álcool e Outras Drogas. Foram 12 indústrias paranaenses que receberam consultoria sobre como ajudar o trabalhador a alcançar ou manter uma condição favorável de saúde e qualidade de vida e como lidar com o tema abuso e dependência química”.

Segundo a coordenadora técnica de negócios do programa Cuide-se + do Sesi no Paraná, Aline Inajara Correa Lima, existem alguns critérios para se diagnosticar transtornos relacionados ao uso abusivo de bebidas alcoólicas e outras drogas que podem levar um indivíduo à dependência. “São problemas que surgem a partir da interação de vários fatores (individuais, sociais, ambientais), que precisam ser considerados e, sobretudo, diagnosticados por profissionais habilitados”, explica.

O programa busca, segundo Aline, “promover ações de fortalecimento de fatores protetivos, que favoreçam o autocuidado, a autossuficiência, o desenvolvimento de responsabilidades e competências relacionais”. A proposta é de uma consultoria às empresas para fornecer elementos para o trabalhador refletir sobre situações de risco à saúde, dentro ou fora do ambiente de trabalho, e estimular a adoção de novos comportamentos, “a partir do planejamento participativo de ações educativas para a aquisição de hábitos de vida saudável”, diz.

Uso excessivo

Dois estudos do ano de 2015 mostram o excesso de álcool consumido por brasileiros. Levantamento divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2015, com base em dados de 2010, aponta que no Brasil o consumo de álcool chegava naquele ano a 8,7 litros por pessoa, 40% acima da média mundial, que é de 6,2 litros. Já o Relatório da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), também de 2015, aponta que 73,9 homens a cada 100 mil habitantes morreram por causa da ingestão de álcool no Brasil em 2010, o que deixa o país na terceira colocação entre os países da América. Entre as mulheres foram 11,7 mortes por 100 mil pessoas (11ª colocação no continente).

Segundo Aline, nem todo uso abusivo pode ser caracterizado como dependência. Dentro do ambiente de trabalho, é necessário um olhar cuidadoso da liderança sobre essas situações. “Quando um problema persiste, a liderança deve se valer de seus conhecimentos e habilidades interpessoais para realizar uma abordagem, de maneira acolhedora, sobre as situações observadas relativas ao desempenho, às relações ou outras questões, estabelecendo compromissos com o funcionário, para mudanças comportamentais e de atitude”, explica.

A Classificação Internacional de Doenças (CID) utiliza o termo “uso nocivo” para a situação que resulta em dano físico e mental para o usuário. Já o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) considera “abuso” o que engloba também consequências sociais. O programa Cuide-se + disponibiliza na internet explicações sobre experimentação, uso, abuso e dependência de álcool e drogas. Basta acessar o endereço http://www.sesipr.org.br/cuide-se-mais e clicar no link “prevenção ao uso de álcool e outras drogas”.

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