por Vanessa Martins de Souza
O Consórcio Intermunicipal para Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos-Conresol realizou sua primeira assembleia-geral de 2017 em Curitiba, no Salão Nobre da Prefeitura, contando com a presença de diversos prefeitos da Região Metropolitana.
O Prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PTN), foi eleito na quarta-feira(25/01), por aclamação, o novo Presidente do Consórcio Intermunicipal para Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos-Conresol. Greca, o Vice Luiz Antônio Biscaia(Prefeito de Mandirituba) e toda a diretoria eleita vão comandar a entidade no biênio 2017/2018. A 39ª Assembleia -Geral do Conresol foi realizada no Salão Nobre da Prefeitura de Curitiba e contou com a presença dos 23 prefeitos da Região Metropolitana que integram o “Consórcio do Lixo”.
Antes do início da reunião que elegeu Greca por aclamação, o Prefeito de Mandirituba e o Prefeito de Campo Magro, Cláudio Cesar Casagrande, eram cotados para disputar a presidência, mas optaram por abrir mão da candidatura em nome do consenso.
Alteração do Estatuto
Durante a reunião, foi verificada a necessidade de alteração do Estatuto da entidade, que é uma autarquia pública. A proposta visa permitir mais de uma reeleição consecutiva para a presidência do Conresol, uma vez que esta é a terceira gestão consecutiva de um prefeito da capital, depois de dois mandatos do então Prefeito Gustavo Fruet(PDT).
Redução de custos
Greca agradeceu em discurso sua eleição, destacando que a meta até 2020 é avançar na integração da gestão do lixo, garantindo uma destinação adequada aos resíduos, paralelamente à redução de custos. “A empresa contratada para a gestão do lixo, a Estre Ambiental S.A., possui contrato até 2020 e cobra o valor de R$ 70 a tonelada, um valor, aliás, abaixo da média paga em outras localidades brasileiras para a gestão do lixo. “Contudo, o gasto maior é com o transporte do lixo. Para reduzir esses custos, vamos criar três áreas de transbordo, uma em cada quadrante da Região Metropolitana. Essas três áreas permitirão uma redução de custos do trajeto do lixo, o grande desafio da gestão, uma vez que a partir desses terrenos, caminhões maiores poderão ser utilizados até o destino final”, explanou.
Campanhas de conscientização
Outra meta, segundo Greca, é avançar na reciclagem. “Ainda 41% do lixo reciclável metropolitano, o lixo que não é lixo, não é separado. Isso corresponde a mais de 1.000 toneladas por dia. Vamos insistir nas campanhas de incentivo à separação do lixo, que costuma dar resultados. A campanha deverá abranger os 23 municípios da Região Metropolitana que integram o Consórcio. Vamos empreender um esforço concentrado em educação ambiental. Com as campanhas que a Prefeitura de Curitiba fez na década de 90, muitas pessoas aprenderam que o lixo é uma riqueza. Tanto que Curitiba ganhou um prêmio da ONU em 1996, na área de sustentabilidade, em razão do trabalho com a coleta do lixo reciclável”, Greca.
Investimentos em biogás
Outro projeto da nova gestão é investir em bioenergia (biogás), tendo em vista a sustentabilidade, a partir do aproveitamento do lixo orgânico. “São 1.136 ton por dia de lixo orgânico que pode ser aproveitado para a transformação em energia. O que permitirá economia de custos com energia elétrica, aproveitando-se para direcionar essa energia à iluminação pública da maioria das cidades da Região Metropolitana”, acrescentou Greca.
Celeridade
O Prefeito de Curitiba também referiu-se à nova licitação do Consórcio, prevista para os meses de março/abril. “ Vou rezar uma novena para a celeridade do processo dessa licitação, uma vez que a última durou seis anos”, comentou.
Nova usina
O Prefeito de Mandirituba, Luiz Antônio Biscaia, disse em entrevista ao jornal A Gazeta Metropolitana que o município tem uma área de 120 alqueires pronta para a instalação de uma importante usina de reciclagem, mas que já tem empresa transformando as demolições, como escombros e lajes, em pavers. “Já iniciamos a montagem, estamos em processo de instalação, e vamos construir essa usina em Mandiurituba. Teremos, dentro de nove meses, acredito, uma usina de reciclagem completa que vai gerar novos produtos. O primeiro passo já foi dado”, disse o Prefeito do município que conta com 29 mil habitantes e um orçamento de cerca de R$ 67 milhões anuais.