sábado, 20 de abril de 2024
Padilha nega que o governo esteja tentando barrar a Lava Jato

Padilha nega que o governo esteja tentando barrar a Lava Jato

Karina Trevizan, do G1, em São Paulo

padilha

 

Ministro participou de evento em São Paulo. Declaração foi feita após declarações de ex-advogado da União.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, negou na segunda-feira, dia 12, que o governo tente “barrar” a Operação Lava Jato.

“Este tema é um tema de ontem”, disse Padilha quando foi questionado por jornalistas se “o governo tem a intenção de parar a Lava Jato”. “Hoje, ontem e amanhã, não há absolutamente nada de parte do governo que não seja estimular a Lava Jato”, disse em evento realizado em São Paulo.

Na semana passada, Fábio Medina Osório, ex advogado-geral da União, afirmou que a Advocacia-Geral da União (AGU) deveria se associar à operação, o que havia criado problemas para o governo e líderes aliados, segundo informações do blog de Gerson Camarotti.

“Quem fizer qualquer tipo de afirmação dessa ordem está querendo fazer com que o holofote da Lava Jato lhe dê um pouquinho de luz, só isso”.

“Os atores da Lava Jato, Política Federal, Procuradoria Geral da República e Poder Judiciário agem na plenitude e com absoluta independência e estímulo do governo.”

Cassação de Cunha

Ao ser questionado sobre como uma eventual cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB) afetaria a aprovação de projetos do governo no Congresso, como a limitação dos gastos públicos e a reforma da Previdência, Padilha disse que a questão é “interna da Câmara dos Deputados”.

“O nosso presidente Michel Temer cultua a independência e harmonia dos poderes. O Poder Executivo não tem por que se envolver no Judiciário ou Legislativo”, disse o ministro.

“Mas, com relação a possíveis consequências, penso que o governo Temer se estabeleceu com uma base congressual de mais de dois terços do Congresso, e essa base sustentada por participação em ministérios importantíssimos”, afirmou Padilha.

“O presidente Michel fez com que o partido A, B, C ou D tivesse o compromisso com o governo, e esse compromisso é de mais de dois terços do Parlamento, em razão da sua participação”, completou.

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