quinta-feira, 28 de março de 2024
Governador autoriza R$ 78 milhões para hospitais filantrópicos do estado

Governador autoriza R$ 78 milhões para hospitais filantrópicos do estado

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É o maior pacote unificado da história às instituições, que atendem mais de 50% dos pacientes do SUS do Paraná. 

O governador Carlos Massa Ratinho Junior autorizou, na terça-feira, dia 3, o repasse de R$ 78 milhões para hospitais filantrópicos. Os recursos são destinados a obras (R$ 44,5 milhões) e equipamentos (R$ 33,5 milhões). É o maior pacote financeiro unificado da história às instituições, que atendem mais de 50% dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) do Paraná.

Os recursos contemplam 33 instituições e 41 convênios de 29 cidades. Com esses investimentos, a capacidade de atendimento dos hospitais será ampliada. Eles acolhem procedimentos de média e alta complexidade e são fundamentais para o ecossistema paranaense de saúde, em apoio aos hospitais públicos e particulares.

O governador destacou que os investimentos planejados para a saúde têm como meta a regionalização do atendimento. “O objetivo é diminuir as distâncias e acabar com os transportes longos de pacientes nas ambulâncias”, afirmou Ratinho Junior.
“Atuamos para fortalecer regionalmente os hospitais do Paraná. O Estado tem um bom ecossistema hospitalar, mas ele precisa ser fortalecido”, disse. “O trabalho dos hospitais filantrópicos é de sacerdócio, cuidar das pessoas, além de ser invisível. Essa é a primeira etapa dos investimentos programados para os próximos anos”.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, acrescentou que até 2022 serão investidos cerca de R$ 300 milhões nos mais de 100 hospitais beneficentes do Paraná. “Vamos melhorar os que já estão funcionando, aqueles de porta aberta. Construir novos hospitais faz parte de um sonho, mas temos que cuidar daqueles que já trabalham em função dos pacientes do SUS”, afirmou. “Essas ações vão beneficiar o Estado por inteiro, esse é o nosso lema”.

Segundo o secretário, as liberações apontam para procedimentos de média e alta complexidades, atendimentos materno-infantil, e resolvem entraves burocráticos que estavam parados há anos na Secretaria da Saúde. “Vamos comprar arcos cirúrgicos, atender melhor os traumas, as neurocirurgias, a ortopedia, mas também adquirir enxovais e itens mais básicos dos hospitais”, complementou Beto Preto.

IMPORTÂNCIA

Flaviano Feu Ventorim, presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado (Femipa), disse que os convênios confirmados amparam o deficit nos repasses federais do SUS, que comprometem investimentos próprios vultuosos por parte das instituições.

“Os recursos atendem a necessidade de renovação tecnológica e reformas das áreas existentes. Os hospitais filantrópicos atendem mais de 50% dos pacientes do SUS e, em algumas áreas específicas, como transplante e oncologia, mais de 80% dos atendimentos são feitos por essa rede”, pontuou.

Ventorim disse, ainda, que os investimentos na saúde extrapolam a competência original e se somam à geração de emprego no Estado, que está entre as quatro melhores do Brasil. “Defendemos os pilares de saúde, pesquisa e educação nos ambientes hospitalares, além do trabalho. Os hospitais fomentam as economias locais. Essa união gera saúde e pronto atendimento para a população e pleno emprego”, complementou.

OBRAS

Umberto Tolari, presidente da Associação Norte Paranaense de Combate ao Câncer, entidade mantenedora do Honpar, disse que os recursos serão investidos em um novo pronto-socorro, que será um dos maiores do Estado, com 4 mil metros quadrados. As obras devem durar 30 meses acrescentar 100 novos leitos a hospital.

“Nossa abrangência é de 180 municípios e na alta complexidade cardíaca atendemos pacientes de todo o País. É uma verba pleiteada há, pelo menos, três anos”, afirmou Tolari. Passam pelo Honpar, segundo ele, pelo menos 7,5 mil consultas/mês, de 800 a 1.000 cirurgias/mês e 5 mil exames/mês, 95% realizados pelo SUS.

Outro convênio com Arapongas prevê investimento de R$ 1,5 milhão na Santa Casa. “É um projeto de R$ 3 milhões para um novo pronto-socorro, com liberação imediata da metade. Já o Honpar se tornará um novo hospital – esses R$ 16,9 milhões são parte de um projeto de R$ 41 milhões. Com os dois convênios, Arapongas se tornará referência em todo o Norte. Vamos mudar a estratégia da cidade para trazer mais médicos e clínicas”, disse o prefeito da cidade, Sérgio Onofre.

Apucarana, na região Norte, recebeu R$ 16,6 milhões para o Hospital Providência Materno Infantil. O prefeito Sebastião Ferreira Martins (Júnior da Femac) disse que as obras devem durar 18 meses. “Será uma nova maternidade, totalmente preparada para atender partos de alto risco. O hospital já é referência nacional para bebês prematuros, mães que precisam de maior cuidado, e agora vamos ampliar essa cobertura”, afirmou.

A Santa Casa de Jacarezinho, responsável por atender 22 municípios da região Norte Pioneiro, conta com 118 leitos e também passará por reformas. O prédio completou 100 anos em 2019 e recebeu R$ 850 mil para obras. A Santa Casa é referência em traumatologia e neurocirurgia, e atende 5 mil pessoas por mês.

“A parte administrativa vai ser deslocada para um bloco que está em reforma, e que receberá esses recursos anunciados. Também fomos contemplados com um laboratório de análises para dar retaguarda para o pronto-socorro e a Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, explicou Nilton José de Souza, presidente da Santa Casa de Jacarezinho.

EQUIPAMENTOS

Os recursos são destinados a incubadoras, camas, respiradores, autoclaves, lavadoras, centrífugas, termodesinfectadoras, cilindros e focos cirúrgicos. Os novos equipamentos vão readequar centrais de materiais, centros cirúrgicos, postos de internação e UTIs pediátricas.

O vice-prefeito de Pato Branco, Robson Cantu, disse que as verbas para o Instituto de Saúde São Lucas e a Policlínica reforçam o protagonismo da cidade na região Sudoeste. Segundo ele, o tripé administração municipal, Governo do Estado e entidades filantrópicas é base da evolução de atendimento em saúde.

“Os projetos não avançam se a prefeitura, o Estado e as instituições filantrópicos tiverem objetivos diferentes. Essa programação conjunta faz as coisas acontecerem”, acrescentou.

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