sexta-feira, 19 de abril de 2024
Festival de Teatro da Escola 31 de Março movimenta a cultura entre os alunos de Pinhais

Festival de Teatro da Escola 31 de Março movimenta a cultura entre os alunos de Pinhais

por Noelcir Bello

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O professor de teatro, Carlos Sousa, chegou para revolucionar a arte na Escola 31 de Março. Sempre que termina de escrever e ensaiar uma peça, o professor convida todos os demais professores e alunos para assistirem a apresentação. Foi assim que surgiu o Festival de Teatro da escola.

A participação dos alunos é essencial e total, e eles, inclusive, compõe o texto e ajudam na elaboração dos cartazes do festival. Agnes, aluna do 5º ano, criou o cartaz do festival após o professor ter lançado a ideia para seus alunos. Carlos afirma que deixa claro que ninguém é obrigado a participar, no entanto todos os alunos do período integral adoram participar, desde o princípio ao fim do Festival. O grupo é formado por alunos de todas as turmas.

Três peças que foram criadas na escola, por esses alunos, se apresentaram na Biblioteca Pública do Paraná. Após ficarem sabendo do trabalho realizado na escola, os responsáveis pela Biblioteca Pública do Paraná os convidaram, assim as três peças entraram para a programação do dia da biblioteca.

Origem na literatura

A escola desenvolve um Projeto de Literatura, do qual os alunos participam com ideias e discussões sobre os temas a abordar. As cantigas de roda têm espaço garantido, oportunidade em que é feita a dramatização das histórias, lidas por eles coletivamente. Deste processo surgiram duas peças de Natal e duas peças encenadas na Páscoa.

Em uma das peças criadas para a Páscoa, os personagens dos contos de fada ajudavam os coelhos. Na peça, coelhos foram pedir ajuda para estes personagens distribuírem os chocolates. No final da peça foi o Zangado, um dos anões da Branca de Neve, que sugeriu às pessoas que no lugar dos chocolates era melhor dar amor, já que doces e chocolates fazem mal para a saúde. Já a Branca de Neve, que também apareceu na peça, sugeriu maçãs como presente de páscoa.

Varal da cultura

A escola respira cultura, criatividade e ainda desenvolve o crescimento mútuo. Os alunos dispõem de um varal onde eles expõem as pinturas que eles fazem, interpretando os livros lidos por todas as crianças. Assim, os pais e toda a comunidade podem observar e acompanhar o processo criativo dos alunos.

Para o professor Carlos, o mais gratificante com todo este trabalho é que as crianças desenvolveram, além da cultura, uma parte social também. “Hoje, eles apresentam menos agressividade, fortaleceram as amizades e estão mais participativos e colaborativos para realizar trabalhos em equipe”, afirma Carlos.

Um projeto de sucesso

De acordo com a pedagoga da escola, Ana Carolina, o teatro já faz parte da proposta curricular e foi incorporado por alunos e professores. Neste semestre já desenvolveram quatro peças, sendo que uma das peças participou do Projeto de Erradicação do Trabalho Infantil. Já outra abordava a Semana do Meio Ambiente e foi apresentada na Secretaria de Meio Ambiente.

Mesmo sendo um projeto novo, já é possível comemorar o grande sucesso do mesmo. Os resultados são visíveis. As crianças que apresentavam alguma dificuldade de socialização, e até de coordenação motora, passaram a interagir mais e se divertir mais.

Como exemplo citamos o Ricardo, um aluno que tem mais dificuldade de se expressar e se apresentar nas peças, mas ele socializa e participa também. Ele foi o autor da peça de erradicação do trabalho infantil e, inclusive, posicionou, para a peça, as crianças de acordo com o seu imaginário.

O teatro no calendário escolar

Ainda segundo a pedagoga, a ideia deu tão certo que no próximo semestre a escola irá realizar uma nova edição do Festival de Teatro. “Ensaiando uma vez por semana, o professor Carlos conseguiu desenvolver quatro peças em pouco tempo. Por isso, o teatro deve entrar para o calendário da escola. A ideia é que na entrega dos boletins, as peças possam ser apresentadas para as famílias”, disse a pedagoga.

Ana lembra também que já é possível perceber alunos se destacando nas peças. “Isso é muito gratificante e certamente teremos, no mínimo, bons cidadãos e, quem sabe, bons artistas criados na Escola 31 de Março”, finalizou.

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