terça-feira, 23 de abril de 2024
Comércio perdeu cerca de 70% das vendas no Paraná com a pandemia

Comércio perdeu cerca de 70% das vendas no Paraná com a pandemia

O comércio vende hoje cerca de um terço do que vendia antes da pandemia

A pandemia causada pelo novo coronvírus atingiu em cheio o comércio. Segundo estimativa do presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina, o setor perdeu cerca de 70% das vendas desde que os primeiros casos de Covid-19 foram confirmados no Estado. “O comércio vende hoje cerca de um terço do que vendia antes da pandemia. É um momento diferente, difícil, mas que temos que passar. A pandemia é um fator real”, explicou Turmina, em bate papo no programa Assembleia Entrevista, da TV Assembleia, que foi ao ar na quarta-feira (29).

De acordo com o presidente da ACP, o setor de prestação de serviços é o que mais vem sofrendo com os impactos da pandemia. “Atividades como a de bares e restaurantes, escolas infantis, empresas de eventos e da área de turismo foram as mais atingidas. Vamos perder muitas empresas desses setores”, contou.

Camilo explicou que, além da diminuição natural do movimento devido ao isolamento social, os chamados lockdowns tiveram grande impacto na atividade dos pequenos comerciantes. “O pior para o comércio foram as paralisações. Ficamos assistindo algumas atividades econômicas fluindo, enquanto outras não funcionaram. Não dá para fechar os pequenos comércios e ficar, por exemplo, só grandes mercados, farmácias, postos de gasolina e redes de material de construção. Não é aceitável. Passamos momentos muito ruins, mas não tenho dúvidas de que o pior passou. Se tiver que fechar de novo, tem de ser de outra forma. Já temos um entendimento com as autoridades”, contou.

Segundo Turmina, algumas medidas como redução de jornada, a suspensão de contratos e os tributos postergados ajudaram os empresários. No entanto, explicou, isso não é o suficiente para continuar. “Só estamos resistindo, pois somos empreendedores. O empresário abre sua loja para a vida a toda. Vamos passar por cima dessa realidade”.

Para ele, o grande problema é a falta crédito no mercado. “Não temos recursos nos bancos oficiais. Há filas gigantescas, de 70, 80 mil pedidos de empréstimos. É muita gente angustiada precisando de recursos. A falta de crédito é o maior problema. Perdemos riquezas e recursos. Essa é a realidade do comércio”.

O presidente da ACP contou ainda das lições que os empresários estão tirando da pandemia. “O empresário, antes da pandemia, trabalhava 25 dias por mês para pagar conta. Imagina agora vendendo um terço. É um momento muito difícil, mas temos que resistir. É importante que pessoas se mantenham. Todos nós aprendemos a poupar neste momento. As pessoas estão mais seletivas. Isso reeduca a população. Houve um impacto. É um estado de guerra e nós vivemos dentro dessa nova realidade. Nossa grande torcida agora é passar por essa pandemia. Que venha uma vacina, que todos possamos nos abraçar em dias melhores”, encerrou.

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