sábado, 20 de abril de 2024
Comemoração dos 325 anos da cidade termina com a Serenata para Curitiba

Comemoração dos 325 anos da cidade termina com a Serenata para Curitiba

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O espetáculo, organizado pela Fundação Cultural de Curitiba, misturou ópera, valsa, canto e declamação de poemas

As comemorações pelos 325 anos da cidade terminaram no fim da tarde do domingo (8/4) com a Serenata para Curitiba, um grande espetáculo elaborado especialmente para a ocasião, no Parque Tanguá. O público foi recebido pela Banda Lyra, que executou seu repertório nas escadarias do parque. Em seguida, o Prefeito Rafael Greca abriu o evento, recepcionando os mais de mil convidados.

Com a presença do arquiteto Rodolfo Doubek, que o ajudou a desenhar o Parque Tanguá, o Prefeito lembrou da construção do espaço e da história da cidade. “Quem veio assistiu a uma síntese da alma curitibana. O espetáculo compreendeu a evocação do nosso hino, as canções antigas de ópera e todas as tradições que formam a boa gente de Curitiba. Os fogos de artifícios sobre o lago e o horizonte amplo celebraram, como deve ser feito, o grande nome de Curitiba, com a alegria de nós vivermos nessa cidade singular que é luz para o Brasil.”

O espetáculo, organizado pela Fundação Cultural de Curitiba, misturou ópera, valsa, canto e declamação de poemas. Das sacadas do Belvedere, em frente ao espelho d’água, as sopranos Andreia Correia, Maricel Ioris e Milena Gimenez iniciaram a apresentação cantando o Hino de Curitiba acompanhada pelo pianista Ben Hur Cionek.

Logo após, os acordes da valsa Danúbio Azul, de Johann Strauss, ecoaram pelo espaço e dez casais de bailarinos caracterizados com trajes do século 18 iniciaram o Baile de Gala dos 325 anos, com a coregrafia de Marcos Saddock de Sá Filho. O grupo dançou ainda a valsa Annen Polka, também de Strauss, coreografada por Anna Helms. A direção foi de Carlos Hauer, coordenador de etnias da FCC.

Na terceira parte do espetáculo, os atores/cantores Leonardo Goulart e Juliana Tosin, do Núcleo de Ópera Comunitário de Curitiba (Nooc), declamaram o poema Curitiba Menina, de Helena Kolody, tendo como trilha sonora uma versão em piano de Ode to Joy, último movimento da Nona Sinfonia de Beethoven. Em seguida, a declamação de um texto que evoca os bons tempos de ópera em Curitiba, feita por um dos atores, destacou aspectos da história das noites de ópera no antigo Theatro Guayra, marcando o início do espetáculo Bel Vediamo All´Opera.

Nas varandas sobre a cascata, 30 solistas e coro do Nooc, caracterizados como personagens clássicos de ópera, cantaram La Habbanera e Il Toreatore, árias da ópera Carmen, de Bizet; trechos da Viúva Alegre, opereta de Franz Lehar; e o famoso Brindisi da ópera La Traviatta, de Verdi. Foram acompanhados, no final, pelos casais de bailarinos, que brindaram com o Prefeito ao aniversário da cidade.

A cônsul honorária da Espanha e presidente da Associação Interétnica do Paraná, Blanca Hernandes Barco, participou da apresentação e destacou a valorização das etnias que formam a cidade. “A gente vem de um momento em que os imigrantes estavam esquecidos e, agora, levar de volta o folclore às regionais e terminar hoje nessa grande festa foi emocionante. Isso faz com que as pessoas entrem no seu interior e busquem suas raízes.”

“No ensaio, já nos arrepiamos, mas a apresentação de verdade foi muito incrível”, afirmou Pamela Shiroma, que representou os angolanos no espetáculo. Seu parceiro, Jacob Cashinga, afirmou que, além da apresentação, foi possível conhecer outras culturas. “E um pouco mais de como Curitiba foi constituída”, completou.

Encerramento

No encerramento do espetáculo, o ponto alto da festa. Vindos das ruas laterais do parque, mais de 200 bailarinos, representando todas as etnias de Curitiba, dançaram a Valsa das Flores, Tchaikovsky. A música, editada em estúdio, foi sincronizada com texto que remeteu às passagens do Hino de Curitiba intercalado com as características de cada uma das 16 etnias presentes na dança.

Os bailarinos ocuparam toda a área visível do parque, entre os espelhos d´água e também as ruas laterais. No final, uma grande comemoração ao som de Ode to Joy, reuniu cantores líricos e bailarinos em uma grande celebração à cidade. Um show de fogos iluminou o parque, fechando a noite de domingo.

“Achei interessante reviver todo o passado de Curitiba e mostrar todas as culturas que envolvem a cidade. E o fim, com a queima dos fogos, foi sensacional”, afirmou Eduarda Pavone, de 17 anos, que esteve com a família para assistir ao espetáculo.

Marili Ferro levou os netos Vicente, de 8 anos, e Natália, de 10, para conhecerem um pouco mais da história de Curitiba. “Muito bom o trabalho que fizeram”, elogiou.

A comerciante vendedora de pipoca Maurine Brito ficou contente com a apresentação. “Deu até para vender um pouquinho mais de pipoca e curtir o espetáculo. Mas o importante é que teve fiscalização e segurança”, destacou.

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