sexta-feira, 19 de abril de 2024
Calçadas irregulares causam transtornos para pedestres no município de Pinhais

Calçadas irregulares causam transtornos para pedestres no município de Pinhais

por Noelcir Bello e Denis Ramos

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Após receber várias reclamações por parte de pedestres que utilizam as vias públicas da cidade, todos os dias, em nosso município, fomos conhecer a realidade das calçadas e buscar mais informações sobre o problema enfrentado por inúmeros munícipes.

Andamos pelos diversos bairros da cidade, fotografando e conversando com os proprietários dos imóveis.

Constatamos que, mesmo com a rua asfaltada, a grande maioria dos moradores não se dispôs a construir sua calçada. Porém, aqueles que as construíram, dão a entender que, em sua grande maioria, pensaram apenas na estética.

É normal o cidadão se queixar do Poder Público, culpando-o por tudo que não está bem. Mas, nem sempre é assim. No caso das calçadas, por exemplo, foi possível comprovar o desrespeito e a falta de preocupação dos proprietários para com os pedestres que precisam passar em frente de seus imóveis.

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Descaso dos proprietários

Conversamos com alguns moradores que afirmam estar corretos na forma de construir suas calçadas. Eles alegaram que os terrenos são seus. Mas, ao perguntarmos por onde passaria o pedestre, não souberam responder.

Nos dois dias de caminhada pela cidade, encontramos as mais variadas e “criativas” situações no lugar das calçadas. Vimos calçadas simples, belos gramados, mato impenetrável ao pedestre, lindas hortas e até plantação de milho, inclusive na região central do município.

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Calçadas sem padrão

No antigo bairro Boa Esperança, cada morador criou o seu próprio padrão de calçadas. Existem muretas finalizando as calçadas, que chegam a medir quase um metro de altura. O que mais nos chamou a atenção nesta rua foi o fato de, praticamente, todas as casas estarem marcadas com uma placa sobre segurança no bairro – VIZINHO SOLIDÁRIO – no entanto, o conceito de segurança parece não passar pela preocupação com os pedestres.

Encontramos duas mães empurrando seus bebês nos carrinhos, dividindo a rua com os carros, e perguntamos sobre as dificuldades que encontravam ao circular pelo local. A resposta foi direta: culparam os políticos, que, segundo elas, não estão interessados em ajudar.

Informações da Prefeitura

Para conhecer um pouco mais sobre lei que regulamenta o assunto, a reportagem do jornal A Gazeta Cidade de Pinhais procurou a Prefeitura Municipal, que dispõe de um padrão para construção das calçadas. Na oportunidade, conversamos com a engenheira do Departamento de Obras de Pinhais, Paula Soares Amaral Santos, que nos garantiu que a atual administração segue o que determina a lei.

“As calçadas atuais precisam medir dois metros, visando garantir a circulação dos pedestres, e contar com uma área permeável, onde o morador pode plantar árvores, flores e, se for o caso, abrigar o poste de energia elétrica.

De acordo com a engenheira, a Prefeitura intensificou a construção de calçadas a partir de 2013, contemplando diversas vias de grande circulação de pedestres, como: Ruas Azaléia e Flamboyant, no Jardim Karla/Rosi Galvão, Rua Clóvis Bevilaqua, no Vargem Grande, ligando com a Rua Leila Diniz, no Maria Antonieta, e a Avenida Airton Senna da Silva.

Paula Santos deixou também um lembrete aos moradores interessados deixar a cidade mais bonita e ainda facilitar o trânsito e a locomoção dos pedestres. “Antes de construir sua calçada, o munícipe deve se dirigir ao Departamento de Urbanismo, localizado na Avenida Camilo di Lellis, Centro, para obter as informações de como proceder para construir uma calçada regular”, finalizou.

Regras para a construção de calçadas

– A construção e a perfeita conservação do passeio são de responsabilidade do proprietário do imóvel, que devem seguir as normas técnicas relativas ao trânsito de portadores de necessidades especiais, idosos e demais pedestres.

– Os passeios não poderão ter nenhum tipo de degrau ou obstáculo que dificulte ou impeça o trânsito de pedestres.

– As lixeiras deverão estar afixadas próximas aos acessos de veículos do lote, encostadas no muro.

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