quinta-feira, 28 de março de 2024
Atraso nas obras no cruzamento das avenidas Maringá e Integração dificulta o trânsito na região

Atraso nas obras no cruzamento das avenidas Maringá e Integração dificulta o trânsito na região

por Angelo Stroparo

Matéria Maringá 2

Buracos e falta de sinalização criam transtornos diários à população na região do cruzamento das avenidas da Integração e Maringá, no bairro Atuba, em Pinhais.

Os problemas começaram há mais de um ano e estão relacionados com atrasos em obras para a Copa 2014, dentro de um projeto de urbanismo que pretendia melhorar o trânsito, tanto para motoristas, quanto para pedestres. A COMEC (Coordenação da Região Metrolitana de Curitiba) alega que a situação se deve, em parte, aos ajustes que o governo estadual promove desde o início deste ano.

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Acidentes, na maior parte envolvendo motociclistas, e dificuldades para pedestres são as reclamações mais frequentes dos moradores e comerciantes da região. Em alguns trechos das calçadas não há pavimentação, assim, tropicões e quedas viraram rotina. Além disso, passageiros da rede de transporte público reclamam a falta da guarnição no ponto de ônibus. Isso ocasiona exposição à chuva e sol, além da desorientação decorrente à falta de indicação da existência do ponto de embarque.

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Perigoso para pedestres e passageiros

Moradora da região, a manicure Priscila Lance, 26 anos, trabalha há seis num salão de beleza localizado próximo ao trecho onde ocorrem a maioria dos acidentes. Priscila diz que a Prefeitura de Pinhais fez alguns reparos, até que a empresa responsável apresentasse uma solução. Um representante do Executivo Municipal nos disse que não se pode fazer muita coisa por se tratar de uma obra sob a responsabilidade da COMEC.

Ações emergenciais

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Mesmo assim, a Secretaria de Urbanismo bloqueou o cruzamento que, devido à falta de sinaleiros, se tornou bastante confuso e perigoso. Colisões entre veículos, motos e ciclistas aconteciam com frequência. Alguns metros adiante, para indicar o retorno e a conversão de sentido, também foram colocados obstáculos, como sinalizadores. No entanto, as sinalizações provisórias – manilhas que tiveram o interior preenchido com areia e foram pintadas de amarelo – acabam por dificultar a visão de quem cruza a avenida e, por isso, os acidentes ainda são rotineiros.

Para Josenilson de Oliveira, 45 anos, mecânico de máquinas de costura, as ações da Prefeitura mostram o interesse e a preocupação do poder público municipal, mas não resolveram. Segundo Oliveira, sob alguns aspectos, houve melhora, mas, por outros, não. O mecânico cita como exemplo a questão do bloqueio com manilhas. “A intenção era acabar com os acidentes, mas, sem a sinalização correta, apenas mudaram de lugar”, observou.

Ponto de ônibus sem cobertura

Já a ausência de uma cobertura, como guarnição, no ponto de ônibus é a reclamação da estudante Jéssica Lozovei, 20 anos. Moradora há seis meses na região e aluna do curso de Geografia, na UFPR (Universidade Federal do Paraná), Jéssica usa o meio de transporte público todos os dias e diz que desde que veio morar no bairro espera pelo coletivo exposta às intempéries do clima. “Sempre, com sol ou com chuva, é muito difícil esperar pelo ônibus aqui, sem proteção”, se queixa a estudante.

O que dizem as autoridades

Para obter informações mais detalhadas sobre a questão, a reportagem do jornal A Gazeta Cidade de Pinhais conversou com o secretário de Urbanismo de Pinhais, Emerson Santana Bento, e o diretor da COMEC, Sandro Setim.

Veja abaixo o que eles disseram sobre o assunto.

Secretário de Urbanismo de Pinhais

Emerson Santana Bento conta que encaminhou vários ofícios à COMEC, cobrando um posicionamento referente à conclusão das obras. Segundo Emerson, o cronograma teve prazos vencidos, muitas vezes, e a resposta era sempre a de que a obra seria reiniciada. “Nós sempre ficamos aguardando, afinal, existia um recurso que daria conta da pavimentação, sinalização – horizontal e vertical – e todas as demandas do bom funcionamento da via pública”, explica o secretário. “Por que o município deveria gastar mais dinheiro, uma vez que as obras estavam licitadas, havendo recursos suficientes à execução e conclusão do projeto?”, argumenta, em defesa das atitudes tomadas pelo poder público municipal.

Emerson lembra que apesar da obra ser responsabilidade da COMEC, tudo está situado dentro dos limites do Município de Pinhais. Logo, a Prefeitura tem a preocupação de ajudar a população, “sinalizando as manilhas, enchendo-as com areia, a fim de que vândalos não as removam”, disse. “Entendemos que é o mínimo e lamentamos que a situação tenha ficado assim, gerando tantos transtornos às pessoas”, se desculpou o secretário de Urbanismo.

Diretor da COMEC

Sandro Setim, por telefone, explicou que os atrasos aconteceram na maior parte das vezes por conta das mudanças financeiras promovidas pelo governo estadual desde o início de 2015. O diretor garantiu que as obras serão retomadas dentro de um prazo máximo de duas semanas – até o final de maio, a contar do dia de encerramento da produção desta matéria. Segundo o diretor da COMEC, todos os problemas apresentados nesta reportagem serão solucionados.

Inicialmente, serão tapados os buracos da pista no sentido Quatro Barras/Pinhais. Feito isso, a sinalização vertical adequada já começará a ser implantada (sinaleiros, placas etc.). Na sequência, nova pavimentação será aplicada no trecho mais esburacado. Na sequencia, serão realizadas a sinalização horizontal (pinturas de faixas de pedestres e demais indicações de trânsito), assim como o término das calçadas. Sobre a guarnição do ponto de ônibus, Sandro disse que é de responsabilidade da COMEC e, assim, será instalado mobiliário novo, ao final das obras.

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